Após mais de um dia de protestos do sindicato dos pescadores no Porto de Itajaí, é a vez dos cerca de 1.800 passageiros do transatlântico Empress reclamarem. De acordo com alguns passageiros, o atual impasse é a decisão da operadora do cruzeiro, Pullmantur, em alterar a rota de destino da embarcação para Búzios, litoral do Rio de Janeiro. O cronograma inicial, defendido por vários tripulantes, é que o navio siga para Buenos Aires, na Argentina. Por volta das 20h desta terça-feira, vários passageiros conseguiram sair do cruzeiro Empress.

Continua depois da publicidade

:: Protesto termina e pescadores vão liberar o canal do Itajaí-açu

:: Lista de espécies ameaçadas de extinção cria impasse entre pescadores e Meio Ambiente

:: Passageiro diz que pessoas são impedidas de deixar transatlântico

Continua depois da publicidade

Por volta das 18h desta terça-feira, a empresa Pullmantur Cruzeiros divulgou que o Empress deve sair de Itajaí às 20h desta terça-feira, com destino ao Estado do Rio de Janeiro. O transatlântico partiu por volta das 21h30min. Horas antes, um vídeo feito pela passageira Shirley Stamou, de Florianópolis, mostra dezenas de pessoas protestando no salão interno do navio.

– Todos estão revoltados com esta decisão. Ninguém quer ir para o Rio de Janeiro. O roteiro previa a ida para a Argentina. Se o navio for para o Rio, ninguém vai querer continuar aqui dentro – informou Shirley, uma das passageiras do cruzeiro.

Ainda de acordo com Shirley, alguns passageiros estariam bastante nervososos e tentando forçar a saída do navio. Depois de mais de uma hora de protesto, vários passageiros conseguiram sair do navio.

Continua depois da publicidade

Veja a entrevista com a passageira Shirley Stamou:

DC – Como começou o protesto dos passageiros?

Shirley – Apesar da espera em Itajaí, todos esperavam que o cruzeiro seguisse para Buenos Aires. No entanto, por volta das 18h, a tripulação informou que a rota seria modificada e que o navio iria para o Rio de Janeiro. Isso revoltou muitas pessoas, que começaram a discutir com funcionários do navio.

DC – O que foi feito para tentar resolver esse impasse?

Shirley – Eu e meu marido nos reunimos com outros passageiros, alguns advogados, e formamos uma comissão para tentar dialogar com o capitão. Algumas pessoas no navio estavam visivelmente embriagadas e isso prejudicou as conversar.

DC – A espera durante a segunda-feira também teve problemas?

Shirley – Todos estavam tranquilos. Muitas pessoas passaram o dia na piscina ou aproveitando outras atrações do cruzeiro, algumas observavam do deck a movimentação dos barcos pesqueiros. Apesar de todo o conforto do navio, é impossível negar que havia uma sensação de aprisionamento em quem estava no navio, pois por uma questão de alfândega estávamos impedidos de sair do cruzeiro.

Continua depois da publicidade

Diário Catarinense – Como vocês souberam da paralisação?

Shirley – Embarcamos na manhã de segunda-feira e deveríamos ter saído de tarde. A única informação que tivemos do comandante foi que não poderíamos sair do navio. Depois , pela internet, vimos que se tratava de um protesto do setor pesqueiro.

Confira as imagens dentro do cruzeiro Empress:

Protesto no navio!!! Os passageiros irritados não querem ir para o Rio e estão protestando por mudança de rota.

Um vídeo publicado por Garotas Modernas.com (@garotasmodernas) em