Durante entrevista coletiva que concedeu na tarde desta quinta-feira em frente ao portão de embarque do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, o presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), Sergio Gaudenzi, foi abordado por uma passageira que estava no local desde a manhã. Cida Ribeiro, 62 anos, teve sua conexão cancelada e adiada para as 18h30min. Ela questionou Gaudenzi sobre os problemas enfrentados pelos passageiros nos aeroportos do país.
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Cida desembarcou no aeroporto Internacional de São Paulo (Cumbica) em Guarulhos, vinda de Frankfurt (Alemanha). Ela seguiu para o aeroporto de Congonhas pela manhã para fazer uma conexão para Goiânia, que estava marcada para as 11h30min. O vôo, porém, foi cancelado e adiado para as 18h30min.
– Foi com muito custo que eu consegui marcar essa viagem para o final da tarde. Isso vai melhorar? – perguntou Cida ao presidente da Infraero.
Gaudenzi respondeu que o trabalho de fiscalização dos horários dos vôos cabe à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
– Isso terá de melhorar. Eu não posso falar por outra área porque esta parte é da Anac, órgão regulador que atua em nome da sociedade, ou seja, dos passageiros – disse.
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O presidente ainda afirmou que nenhum aeroporto atrasa os vôos programados pelas companhias aéreas.
– O que atrasa (os vôos) são as condições meteorológicas ou as empresas.
A passageira contestou as informações e afirmou que a situação sempre se repete em vôos internacionais.
– Isso aqui é um desrespeito ao passageiro.
Gaudenzi insistiu e disse que todas as reclamações devem ser feitas junto à Anac. Ele pediu que a passageira registrasse a reclamação no balcão de informações da Infraero, na entrada principal do aeroporto.
– A senhora tem que fazer a reclamação porque quando a gente não reclama parece que o serviço está funcionando muito bem. É preciso que o passageiro reclame para que haja melhora no atendimento.