Depois que Gisele Bündchen revelou ter tido seu primogênito, Benjamin, na banheira de sua casa em Boston (EUA), apenas com a presença do marido, da mãe e de uma parteira, os partos alternativos viraram assunto entre mulheres – e homens também.
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Natural, de cócoras, na água: você teria um filho utilizando um método de parto normal alternativo? Ou faz questão de uma estrutura médica profissional, com direito a hospital e anestesia?
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Um dos países que mais realiza cesarianas no mundo, o Brasil ainda engatinha em relação aos Estados Unidos na disseminação do parto normal como o melhor para mães e bebês. Por lá, nada é mais comum do que passar horas em trabalho de parto assistida por enfermeiras e parteiras, mesmo que dentro de um hospital. Cesáreas ficam restritas a emergências que coloquem em risco a vida ou da mãe, ou do filho.
Depois de escolher o parto normal, vem a decisão pelo método, que pode ser desde o tradicional até o de cócoras, passando pelo pouco conhecido de lado e pelo agora famoso na água. Não esqueça que, apesar de todas as possibilidades, cabe sempre ao médico definir o que será melhor para cada caso. Independente do método escolhido, é fundamental conhecer e confiar no médico, com quem deve ser discutido todo o procedimento.
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Confira a seguir as características dos principais métodos alternativos de partos normais, que prometem procedimentos mais confortáveis e naturais.
::: Tradicional
No método tradicional, na mesa de parto, o obstetra fica em posição privilegiada para acompanhar o nascimento. A gestante fica sobre a mesa em posição ginecológica,
com monitoramento constante. É comum a utilização de anestesia peridural e outras medicações para regular o ritmo das contrações. A mesa de parto pode ser inclinada para aproveitar a ação da gravidade durante a expulsão do bebê.
::: De cócoras
Técnica antiga ainda utilizada por comunidades indígenas. O parto seria favorecido pela ação da gravidade, que aceleraria a dilatação e facilitaria a expulsão do bebê. Defensores da técnica alegam que ela reduz em 40% a duração do trabalho de parto. A posição também aumenta a irrigação sanguínea na região pélvica e a liberação da endorfina, substância analgésica produzida pelo organismo. O método dispensa a anestesia. Pode ser realizado em uma cadeira especial ou em uma cama hospitalar tradicional. Para alguns obstetras, a pouca força na musculatura posterior da coxa apresentada pela mulher ocidental dificultaria o sucesso do parto de cócoras.
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::: De lado
Deitada de lado, a mulher teria facilitada a dilatação, reduzindo o tempo do parto. A posição da coluna estimula as contrações. Já a posição do bebê facilita sua expulsão, reduzindo a necessidade de intervenção médica. Um trabalho realizado na Universidade Federal de São Paulo mostra que essa modalidade reduz a necessidade da episiotomia – corte na base da vagina para permitir a expulsão do bebê -, o que diminui o risco de infecções.
::: Na água
Técnica pouco utilizada no Brasil, o parto na água é considerado mais relaxante e indolor do que o método tradicional. A água, mantida em uma temperatura de 37ºC, deve ser filtrada e salinizada. A alteração da pressão sobre o corpo submerso da gestante facilita o trabalho de parto. Isso permite que a mãe determine a posição mais adequada para a expulsão do bebê – em pé, de lado ou de quatro, dentro ou fora da água.
No interior do útero, o bebê respira por meio do cordão umbilical. Depois do nascimento, seus pulmões levam algum tempo para se expandir e descartar o cordão, o que garante a segurança durante a transição do útero para a água e, depois, para o ambiente.
Fonte: Arquivo, caderno Vida ZH