Rara no Brasil, a modalidade de parto na água virou, de uma hora para outra, assunto de interesse nacional, depois de uma entrevista de Gisele Bündchen. Ter o filho dentro d’água, apesar de não ser algo inédito, é uma técnica pouco praticada pelas brasileiras. Gisele exaltou a experiência _ sentiu-se muito bem e não teve dor alguma. Uma declaração que chama a atenção e que é um dos trunfos dos defensores do parto na banheira.
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A água é aquecida para ficar agradável, normalmente entre 32°C e 34°C, temperatura igual à do corpo humano. O principal benefício à parturiente é o relaxamento, revertendo-se na redução dos níveis de dor.
Porém, nem sempre o parto na água é a melhor opção – algumas mulheres não se adaptam à temperatura da banheira, o que pode provocar queda de pressão, desconforto e acentuação da dor. Nesses casos, a mulher é retirada da água e tem um parto tradicional. Diabéticas, hipertensas ou quem está com a bolsa rota (rompida) também devem evitar a banheira.
Como funciona o parto na água
::: Quando se inicia o trabalho de parto, monitora-se a dilatação. A recomendação é para que a mãe entre na água a partir de uma dilatação de cinco ou seis centímetros.
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::: A água da banheira deve ser agradável, em geral, entre 32°C e 34°C.
::: A posição fica a critério da mulher. Em geral, ela fica sentada ou de cócoras, em cima de algum apoio, como uma pequena boia.
::: O marido pode entrar na banheira, abraçando a mulher por trás. A recomendação é que a mãe permaneça pelo tempo que se sentir bem.
::: O médico auxilia, quando necessário, a saída do bebê. A criança fica alguns segundos debaixo d’água até sair por completo.
::: O filho é colocado no colo da mãe. Corta-se o cordão umbilical, e a criança recebe um outro banho, com a água um pouco mais quente. São feitos os exames de rotina, como o do pezinho.
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::: Alguns procedimentos finais são realizados na cama, como a verificação de lesões na parturiente.
Entenda as diferenças
Na banheira
::: Relaxa a musculatura corporal e a da pélvis. A imersão ajuda a aliviar as dores e deixa a mulher mais tolerante para suportar o trabalho de parto.
::: Reduz o peso da mãe e também o do bebê. Assim, ela fica mais confortável e sente-se menos pressionada a acelerar o nascimento do filho.
::: Na água, a gestante escolhe a posição mais confortável – sentada ou de cócoras, por exemplo.
Na cama
::: É a melhor posição para o médico visualizar a saída da criança. Isso permite que qualquer problema no posicionamento do feto seja percebido precocemente.
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::: Algumas mulheres não se adaptam bem à água quente. Em vez de aliviar a dor, a banheira acaba acentuando o desconforto.
::: No Brasil, ainda é raro encontrar médicos, clínicas ou hospitais que tenham estrutura e experiência para realizar o parto na banheira.