Os eleitores de Santa Catarina estão a menos de duas semanas de definir o futuro de mais uma eleição estadual. Esta é a 11ª disputa eleitoral desde o retorno das eleições diretas para governador, em 1982, um dos marcos do processo de redemocratização do país e que completa 40 anos em 2022.
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Neste período, Santa Catarina viveu episódios marcantes nas campanhas eleitorais. Disputas apertadas, rivalidade entre partidos e alternância de poder marcaram os processos de escolha dos chefes do Executivo de SC. Abaixo, a reportagem do Diário Catarinense separou algumas curiosidades sobre as eleições estaduais desde 1982. Confira:
Eleições 2022 têm maior número de candidatos
As eleições deste ano têm o maior número de candidatos desde o início do período analisado. São 10 concorrentes disputando o cargo. Antes disso, três eleições diferentes, incluindo as duas últimas, tinham o maior número, com oito postulantes. A menor quantidade de nomes na disputa pelo governo de SC foi em 1994, com apenas quatro nomes: Angela Amin (PPR), Paulo Afonso Vieira (PMDB), Jorge Konder Bornhausen (PFL) e Nelson Wedekin (PDT).
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Número de candidatos
Quem mais concorreu
O atual senador Esperidião Amin (PP) é o candidato que mais vezes concorreu ao governo de SC desde 1982. Foram cinco disputas em que ele participou. Nas duas primeiras vezes, em 1982 e 1998, venceu a eleição e governou o Estado. Em 2002 e 2006, perdeu para o rival Luiz Henrique da Silveira (PMDB). Neste ano, é candidato novamente pelo PP.
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Além dele, o ex-governador Paulo Afonso Vieira (MDB) e Gilmar Salgado (PSTU) são os que mais participaram, com três candidaturas ao governo cada.
- Esperidião Amin, PP — 5 vezes (1982, 1998, 2002, 2006 e 2022)
- Paulo Afonso Vieira, PMDB — 3 vezes (1990, 1994 e 1998)
- Gilmar Salgado, PSTU — 3 vezes (2002, 2010 e 2014)
Maior coligação
Eleições 2018
Em pelo menos três eleições houve coligações com mais de 10 partidos em torno de uma candidatura. A maior delas ocorreu na eleição passada, em 2018, na composição formada pelo ex-candidato Gelson Merisio, então no PSD. Ele foi ao segundo turno, mas terminou em segundo lugar, atrás do atual governador Carlos Moisés (à época, PSL).
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Eleição 2018
Aqui é trabalho – Gelson Merisio (PSD)
15 partidos
PSD / PRB / PDT / PSB / PODE / SOLIDARIEDADE / PROS / PSC / PC do B / PHS / PP / DEM / PRP / PPL / PV
Partidos que mais venceram
O atual MDB é o partido que mais vezes venceu as eleições para o governo de SC, com quatro triunfos. As duas últimas vitórias foram com Luiz Henrique, enquanto as demais foram com Paulo Afonso Vieira (1994) e Pedro Ivo Campos (1986). Além dos emedebistas, cada eleição foi vencida por um partido diferente. Raimundo Colombo, embora reeleito, estava no DEM quando foi eleito no primeiro mandato, e no PSD na segunda vitória.
Maiores votações proporcionais
As vitórias com as maiores vantagens ocorreram com 20 anos de diferença em SC. Em 1998, Amin venceu com a maior diferença em uma disputa resolvida em primeiro turno: 58,92% dos votos, segundo dados da Justiça Eleitoral. Em 2018, impulsionado pela onda Bolsonaro, o candidato então chamado de Comandante Moisés venceu Gelson Merísio no segundo turno alcançando 71,09% dos votos válidos. Já a menor votação proporcional entre todos os candidatos ocorreu em 2006, com o candidato César Alvarenga.
1998
1º turno
Esperidião Amin (PP): 58,92%
2018
2º turno
Carlos Moisés (PSL): 71,09%
Menor votação proporcional
2006
César Alvarenga (PSDC): 0,03% (1.069 votos)
Vitórias mais apertadas
Em 1982, em disputa com turno único, a vitória de Esperidião Amin sobre Jaison Barreto foi por cerca de 12 mil votos, ou apenas 0,7% dos votos válidos. Em 2002, já em uma disputa de segundo turno e em que o apoio do ex-presidente Lula auxiliou o candidato vencedor, Luiz Henrique da Silveira venceu Esperidião Amin por cerca de 20 mil votos (0,68%) e deu início ao primeiro mandato. Mais tarde, já no poder, o emedebista construiu a tríplice aliança que manteve seu grupo político no poder por 16 anos em SC.
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Uma terceira disputa com resultado apertado ocorreu em 1994. Paulo Afonso Vieira, que havia ficado em segundo lugar no primeiro turno, virou o placar sobre Ângela Amin, do PPB, e venceu a eleição com 50,48% dos votos no segundo turno, contra 48,9% de Ângela Amin.
Live dos colunistas do NSC Total divulga dados exclusivos da pesquisa Ipec para Eleição 2022
1982
1º turno
Esperidião Amin (PDS): 46,58%
Jaison Barreto (PMDB): 45,88%
Diferença em votos: 12.650 votos
1994
2º turno
Paulo Afonso Vieira (PMDB): 50,48%
Ângela Amin (PPB): 48,9%
Diferença em votos: 40.482 votos
2002
2º turno
Luiz Henrique da Silveira (PMDB): 50,34%
Esperidião Amin (PP): 49,66%
Diferença em votos: 20.724 votos
Três viradas em quatro eleições com segundo turno
Desde o surgimento das eleições em dois turnos para governador, em 1990, SC assistiu a quatro eleições que foram decididas neste formato. Em três delas houve virada dos candidatos que saíram atrás na primeira votação.
A vitória de Paulo Afonso Vieira sobre Ângela Amin em 1994 e a LHS sobre Amin em 2002 foram dois casos de “virada” no segundo turno em SC. O caso mais recente foi o de Carlos Moisés, em 2018. Ele ficou em segundo lugar no primeiro turno, mas venceu o rival Gelson Merísio na segunda volta e se tornou governador. O único caso de candidato que conseguiu manter a vantagem entre as duas votações foi Luiz Henrique, em 2006.
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