Eleitores mexicanos vão às urnas neste domingo escolher seu novo presidente, com pesquisas de opinião dando a liderança para Enrique Peña Nieto, do Partido Revolucionário Institucional (PRI), que comandou o México entre 1929 e 2000. O pleito não prevê um segundo turno.

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Além do novo presidente, pouco menos de 80 milhões de eleitores mexicanos escolhem hoje os novos congressistas, alguns governadores e prefeitos, numa eleição marcada pelo debate econômico e pela guerra às drogas. No campo econômico, as questões mais prementes são a pobreza extrema – que afeta quase um terço dos mexicanos – e a sensação, de grande parte da população, de perda de poder aquisitivo, apesar das taxas de crescimento recentes do país (entre 3% e 4%).

O outro grande tema é a insegurança, no momento em que o México enfrenta a maior série de violência ligada ao narcotráfico, com casos de chacinas, sequestros e desaparecimentos ligados a disputas entre cartéis e entre narcotraficantes e autoridades. São estimados 50 mil mortos desde 2006, quando o presidente conservador Felipe Calderón foi eleito e abriu uma ofensiva contra o narcotráfico. No entanto, independentemente de quem assuma a Presidência após Calderón, não é esperada uma mudança extrema na política de repressão ao tráfico, nem a retirada do Exército das ruas do país.