O partido do opositor venezuelano Leopoldo López minimizou nesta segunda-feira (11) a ameaça de Nicolás Maduro de excluí-lo das presidenciais de 2018 por não ter participado das eleições municipais.
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O Vontade Popular “está firme em suas convicções e, com decreto, ou sem decreto, continuaremos nas ruas lutando pelos que mais precisam”, disse em coletiva o coordenador do grupo político, Juan Andrés Mejía.
Maduro, que teve um ótimo resultado no domingo ao vencer 308 das 335 prefeituras, advertiu que os partidos que não disputaram essas eleições serão excluídos das presidenciais, nas quais busca a reeleição.
Os maiores partidos opositores – Vontade Popular, Primeiro Justiça e Ação Democrática – não participaram das eleições após denunciarem uma “fraude” nas votações para governadores em 15 de outubro, que deram ao chavismo 19 dos 23 governos.
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“Estamos preparados para a inelegibilidade de nosso partido, porque essas ameaças não são novas, mas isso não significa que deixaremos de fazer o trabalho que estamos fazendo”, destacou Mejía.
Acrescentou que o movimento soube contornar outros ataques do governo, como a detenção de López – que está em prisão domiciliar -, a “perseguição” aos seus seguidores e as operações de busca e apreensão em instalações.
“Não será suficiente com as ameças que Nicolás Maduro manifestou”, desafiou o jovem dirigente.
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O Vontade Popular é a ala mais radical da coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD). Em 2014, a MUD impulsionou protestos que pediam a saída de Maduro e deixaram 43 mortos, pelos quais López foi condenado a quase 14 anos de prisão por incitação à violência.
“A crise que estamos vivendo não vai se resolver porque o governo controla mais prefeituras”, afirmou Mejía, ao afirmar que “em 2018 o desafio fundamental é recuperar a democracia”.
* AFP