Um clube de Santa Catarina está entre os investigados pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul no inquérito que apura suposto esquema de manipulação de resultados de partidas esportivas em sites de apostas. O caso teria ocorrido durante partidas da Série C do Campeonato Catarinense envolvendo o Orleans FC, time do Sul catarinense, segundo a polícia gaúcha.

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De acordo com o delegado Gabriel Bicca, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil do RS, as partidas teriam ocorrido no fim de 2020. Na época, o Orleans disputava a terceira divisão do estadual e terminou a competição em sétimo lugar.

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Os jogos suspeitos, no entanto, não foram divulgados. Segundo o delegado, os investigados seriam ex-jogadores que teriam “arrendado” o clube. Além do Campeonato Catarinense, a polícia também apura a manipulação durante competições amadoras e profissionais do Campeonato Gaúcho.

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De acordo com GZH, a investigação ocorre há mais de um ano. Os investidores alugavam clubes que disputam campeonatos menores e de categorias de base, pagavam atletas para fazer jogos em casas de apostas, como derrotas por determinados placares e gols. Também são investigados o Sapucaiense, o Tamoio, o Santo Ângelo e o Farroupilha, de Pelotas.

Nesta quarta-feira, a Core deflagrou a terceira fase da ação, batizada de Operação Bet. O objetivo, segundo o delegado Gabriel Bicca, é obter provas contra grupo de empresários, investidores, integrantes de comissão técnica, dirigentes e ex-jogadores. A suspeita é de que a manipulação tinha como foco obter vantagens econômicas.

Ao todo foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, e nove ordens de busca pessoal em Porto Alegre, Canoas, Capão da Canoa, Nova Prata e Pelotas. Celulares, computadores e documentos foram apreendidos e uma banca de apostas do jogo do bicho foi fechada.

A ação contou com o apoio da Delegacia de Polícia de Nova Prata, Delegacia de Polícia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Pelotas e do Núcleo de Operações Especiais (NOE) da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

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O NSC Total entrou em contato com a Federação Catarinense de Futebol (FCF), mas não obteve retorno até a publicação.

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