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Três meses de trabalho, que resultaram em sete horas de gravação e depois em um documentário de 24 minutos e 59 segundos, renderam o Prêmio de Jornalismo Unimed Santa Catarina, na categoria Destaque Acadêmico, ao recém-formado Eliezer Camargo Alves, de 24 anos.

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O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do aluno da Faculdade Estácio de Sá, com orientação do professor Ricardo Medeiros, além de ter tirado 10 na banca, tirou nota máxima no relato de perdas e danos de dependentes do crack em Florianópolis.

O jornalista conversa com internautas sobre o seu trabalho às 11h desta segunda-feira. Para participar basta clicar abaixo.

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Coroado – assim se considera após o trabalho – Eliezer afirma que há soluções para o vício e que vale a pena acreditar nas pessoas que estão envolvidas com a droga, considerada pelos especialistas como a pior já criada.

Os motivos do crack liderar o ranking dos entorpecentes são os danos causados por ela, considerados irreparáveis pela destruição da saúde e da vida social do usuário. Além do estímulo à violência e à criminalidade.

A ideia do documentário premiado surgiu com um trabalho voluntário que durou um ano. O ainda estudante de Jornalismo passou a frequentar a Sociedade de Assistência Social e Educacional O Bom Samaritano, no Bairro Forquilhas, em São José.

O centro de recuperação de dependentes químicos atende, atualmente, 85 homens e 16 mulheres em duas chácaras. Foi de lá que Eliezer tirou a ideia de fazer um documentário de rádio. Ele contou a história de quatro pessoas que frequentam o lugar.

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Com o exemplo de duas mulheres e dois homens, que dividiram os percalços enfrentados quando o crack pertencia às suas vidas, o agora recém-formado tem a certeza da recuperação de qualquer dependente:

– Minha visão mudou, pois percebi que existe solução para o crack.

Toda semana, um grupo do O Bom Samaritano sai em busca de dependentes para resgatá-los. Dois dos entrevistados no documentário foram recuperados após serem tirados das ruas da Capital pela instituição.