
Quem participa do Social Good Brasil espera ver mudanças no modo com que as mídias sociais são utilizadas no país. Com capacidade para receber 900 pessoas em cada dia de programação, o evento reúne profissionais de instituições privadas, públicas e organizações sem fins lucrativos interessados em saber o que os brasileiros estão desenvolvendo para solucionar problemas sociais e aumentar a qualidade de vida da população, sem esquecer, é claro, das inovações que os três convidados internacionais irão apresentar durante as palestras gratuitas.
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Alanna Kern, analista de marketing digital na Agência Nacional Vox, de Florianópolis, inscreveu-se no evento assim que ele foi divulgado no curso de Comunicação em Mídias Digitais, o qual frequenta. Além de ter uma credencial para entrar nos três dias do evento, ela também participou do Festival de Ideias SGB, que financiará projetos ganhadores, no último dia do Social Good Brasil. Sua ideia partiu do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e instiga os estudantes do Ensino Médio de escolas da Capital a produzirem um portal que fale sobre a comunidade em que vivem.
– Na minha visão, esse evento está tirando a essência da internet e aplicando na vida real, porque incentiva todas as pessoas a compartilhar conteúdos sem que seja preciso cobrar por isso – diz.
A consultora de projetos na área de inovação e tecnologia, Tatiana Schreiner, acredita que o evento possibilitará a formação de uma rede de contatos com profissionais de diferentes setores, interessados em inovação social e dispostos a trocar experiências e conhecimento, atividade que está tentando impulsionar em Florianópolis.
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– As referências internacionais são as mais esperadas porque temos uma oportunidade exclusiva de as ouvir pessoalmente. E os convidados têm essa prática de misturar líderes comunitários, empreendedores e governos, coisa que aqui ainda sentimos falta – destaca.

A proposta foi inspirada no jornal Voz da Comunidade, criado por Rene Silva, em 2005, um adolescente de 11 anos, que morava no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, e produzia matérias sobre e para os moradores da sua comunidade. Ainda que não tenha sido selecionada para receber o financiamento do projeto, Alanna não pretende deixar a ideia parada.
– Vou inscrevê-la no 1º Edital de Arte Cultura Digital de Florianópolis, que abriu no dia 5 de novembro. O projeto é o meu xodó – avisa.
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A consultora Tatiana Schreiner trabalha na Fundação Cert, em Florianópolis. Em parceria com a Instituto Comunitário Grande Florianópolis (Icom), ela participa de um projeto que busca apoiar o desenvolvimento de organizações sociais sem fins lucrativos no Norte da Ilha. O objetivo é fazer com que o Sapiens Parque, empreendimento que reúne projetos tecnológicos em Florianópolis, possa ser um ponto de encontro entre profissionais de diferentes organizações interessadas em desenvolver trabalho colaborativo. Para Tatiana, a participação no Social Good Brasil ajudará a promover o desenvolvimento de organizações não-governamentais (ONGs) da região.
– Os eventos são atividades que mexem com a gente, ainda mais se participamos todos os dias. É possível despertar o
olhar dos interessados e fazer com que a pessoa vá buscar
mais sobre o assunto e queira ficar conectada com essas
rede de participantes – ressalta.

O Social Good Brasil vai auxiliar a jornalista Gisiela Klein a desenvolver um projeto para a construção de uma política de comunicação digital e de redes sociais no governo de Santa Catarina. Gisiela participará de todas as atividades do Social Good Brasil e espera, ao final dos três dias, conhecer projetos feitos por diferentes setores da sociedade e estar em contato com todos aqueles que são realizados no Estado.
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– As novas tecnologias devem ser um canal direto de contato com as pessoas. No evento, vamos ouvir pessoas do Terceiro Setor que já utilizam as mídias sociais e definir como o governo pode contribuir com o trabalho deles e da área privada – diz.
Até que a política do Estado para a utilização de ferramentas digitais seja finalizada, a jornalista aproveitará o evento para alimentar o Twitter do governo com as novidades. Com as informações que verá, ele vai montar um relatório que guiará as definições de Santa Catarina quanto ao uso das redes sociais.