Uma vez por semana, moradoras de Pirabeiraba se reúnem na Casa Krüger. No encontro, além da boa conversa, elas dividem o gosto pelo artesanato. E é por meio do tear que elas desenvolvem um trabalho que começa a ser reconhecido.

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– Sempre gostei de artesanato e, quando soube do projeto de tear, logo me interessei. É uma forma também de ocupar a cabeça exercendo uma atividade que pode funcionar como uma segunda fonte de renda – conta a dona de casa Marisa Rosa, uma das participantes do Projeto Mãos que Tecem.

Nesta semana, as participantes do grupo receberam uma visita especial, da artista plástica Clara Fernandes, tecelã de Florianópolis, que deu a oportunidade de aprimorar trabalho com uma capacitação que desenvolve as habilidades práticas no manuseio do tear.

– As mulheres visitaram meu ateliê em Florianópolis e, agora, fazemos uma troca de experiências. Elas só precisam do estímulo, porque o trabalho já está rendendo muito – afirma Clara.

A capacitação é parte de um projeto financiado pela embaixada da Austrália no Brasil articulado pelo Comitê Fome Zero em Joinville. A iniciativa, intitulada “Resgate do patrimônio cultural de natureza imaterial, relacionado à tecelagem Teuto Brasileira localizados em Joinville/SC”, prevê orientação das tecelãs, compra de materiais, elaboração de um estudo e, no fim, uma exposição para a divulgação o trabalho. O apoio financeiro é de R$ 14,3 mil.

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– Elaboramos este projeto para dar maior representatividade ao trabalho delas. Fizemos um resgate dos símbolos de Joinville e os materiais produzidos refletem as características pesquisadas – conta a professora Luciane Sell da Silva.

O projeto da embaixada da Austrália funciona há quatro anos na Casa Krüger.