Dezesseis anos após participar do assassinato do índio pataxó Galdino Jesus dos Santos, em Brasília, Eron Chaves Oliveira, 35, assumiu a vaga de agende de trânsito no Detran-DF.
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Depois de cumprir 14 anos de prisão, Oliveira foi aprovado em concurso público, disputando a vaga reservada para portadores de necessidades especiais.
De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Pública, foi confirmada a deficiência (não foi especificada qual), através de perícia feita no INAS (Instituto de assistência à saúde dos servidores do DF).
De acordo com o site Uol, Oliveira teria apresentado certidão negativa de antecedentes criminais e por cumprir a pena teria “passado na Lei da Ficha Limpa”.
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Entenda o caso
No dia 20 de abril de 1997, o índio Galdino Jesus dos Santos foi queimado vivo por cinco jovens, enquanto dormia em uma parada de ônibus na região central de Brasília.
Galdino não resistiu aos ferimentos e morreu no dia seguinte.
Foram presos Max Rogério Alves, Antônio Novely Vilanova, Eron Chaves de Oliveira e Tomás Oliveira de Almeida. Um menor que também participou do crime foi apreendido e ficou 144 dias internado na antiga Febem.
Em 2001, os quatro adultos que participaram do crime foram condenados a 14 anos de prisão.
Em 2002, eles receberam benefício de liberdade assistida, que foi revogado após vídeos que mostravam os condenados bebendo cerveja e namorando no horário em que deviam estar trabalhando ou estudando. Em 2004, o benefício foi concedido novamente. A pena de 14 anos foi cumprida completamente em 2011.
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