Com apenas seis anos, Eduardo Falcão Loth conhece as letras, as palavras e já consegue facilmente ler os livrinhos da biblioteca de sua escola, a Adolpho Bartsch, em Joinville. Se ele aprendeu a juntar as palavras na sala de aula, foi com aquela força dos pais que ele criou o hábito da leitura.

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A mãe, a psicóloga Adriana Falcão Loth, 35 anos, influencia o pequeno, quando senta ao lado dele, muitas vezes antes de dormir, e lê junto de Eduardo.

-Antes, eu lia para ele. Quando ele aprendeu, combinamos de que eu leria uma página e ele a seguinte. Agora, ele até brinca comigo. Quando começo a ler, ele sai na frente e começa a contar a história-, brinca a mãe e incentivadora.

Adriana sabe que há sempre o que melhorar. Para estar mais presente ainda na vida escolar do filho e incentivar o apreço dele pela escola, ela entrou para o time da Associação de Pais e Professores (APP). Segundo a mãe, o filho adora vê-la todos os dias no colégio.

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-Sinto que ele tem orgulho da minha participação. Ele faz questão de mostrar suas atividades na parede da escola, mostra até o cardápio da merenda-, relatou Adriana.

Na escola do distrito de Pirabeiraba, que atende a crianças do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental, as crianças têm tarefas todos os dias. O que para Adriana significa que cria uma rotina e uma disciplina interessante em casa.

Ela costuma participar deste momento, mas deixa claro ao pequeno: a primeira coisa que ele precisa fazer ao chegar em casa são os deveres. Só assim ele pode brincar no computador ou ver televisão.

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-Ele sabe que desta forma estará livre para fazer o que quiser depois-, observou a mãe.

Para o diretor da escola, Fábio de Almeida Doin, esta relação estreita entre pais, filhos e escola, aliada ao trabalho em conjunto dos professores e a boa gestão, foi a razão que trouxe à escola a melhor nota no Ideb de Santa Catarina em 2011. A média 7,9 é de dar inveja.

Ele mostra orgulhoso ainda o planejamento anual da escola. Em forma de manual, todos os professores recebem um caderno na qual estão os valores e a metodologia.

Como se tornar mais presente na vida do seu filho:

– Os pais têm de se preocupar desde o início e não só quando os filhos estão na quarta série, por exemplo. Nessa fase, já é mais difícil conseguir uma conversa mais aberta.

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– Desde a barriga é sempre bom conversar, expor as opiniões, nunca esconder nada, sempre tentando se adaptar à linguagem da criança.

– Aproveite todos os momentos. Se está na cozinha preparando o almoço, converse. Peça para ver um desenho. Procure puxar assunto, por qualquer motivo.

– Se os pais estão fazendo o máximo que podem dentro das possibilidades para estarem mais com o filho, não precisam sentir culpa. Mesmo que seja pouco o tempo, a criança vai perceber que estes momentos são ótimos.

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– É preciso pensar em qualidade e não quantidade. Os próprios filhos têm a rotina eles, como os joguinhos, a internet.

– Exageros atrapalham. Ligar para a escola por qualquer motivo acaba tomando a autonomia do filho para resolver as questões da rotina. É preciso ter um equilíbrio.

– Pais nunca devem fazer os deveres no lugar dos filhos. Quando admitem isso, além de ensinar o filho a mentir, ele acaba não aprendendo. Os pais podem ajudar explicando, mas nunca dando respostas.

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