A Operação Tapete Negro foi deflagrada em 17 de dezembro de 2012, depois de seis anos de investigações do Ministério Público. Neste dia, há quase dois anos, agentes do Grupo de Atuação Especial e Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) cumpriram 37 mandados de busca e apreensão em Blumenau, muitos deles em órgãos e autarquias da prefeitura, como as secretarias de Obras, Serviços Urbanos e a Companhia Urbanizadora de Blumenau (URB). Depois de deflagrada, a operação se ramificou em três esferas: criminal, civil e eleitoral.

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Algumas ações penais já tramitam na 2ª Vara Criminal de Blumenau, mas seguem em segredo de justiça, assim como a investigação do MP. As cinco primeiras ações civis também já seguem os procedimentos no judiciário, e o promotor Gustavo Mereles Ruiz Dias pretende ajuizar pelo menos mais duas.

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A ramificação eleitoral foi a única que já teve punidos. Os vereadores Fábio Fiedler (PSD), Robinsom Fernando Soares (PSD), Célio Dias (PR), e os suplentes Almir Vieira (PSD) e Braz Roncaglio (PR) tiveram os diplomas cassados pela Justiça Eleitoral.

Eles recorreram ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que manteve a decisão e afastou os titulares dos cargos no início de 2014. Os três recorreram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas apenas Célio Dias, que teve sentença diferenciada desde a primeira instância, conseguiu recuperar o direito de exercer o mandato até agora.