Carlos Alberto Parreira, coordenador técnico da seleção brasileira, queria mais de 16 dias de preparação para o time estrear na Copa do Mundo. Acostumado a períodos mais longos de treinamentos pré-Mundial, ele aposta que o Brasil vai estar próximo de sua plenitude apenas após a primeira fase. O problema, avalia o coordenador, é que, mesmo com tempo curto, a seleção tem de jogar todas as partidas de forma intensa desde o jogo contra a Croácia até a final da Copa.
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De sua parte, mesmo na correria da preparação da seleção, Parreira tem encontrado brechas na programação de treinos para se dedicar ao hobby da fotografia. Com um smartphone e, às vezes, portando uma pequena câmera, ele tem fotografado detalhes dos treinos dos jogadores e das paisagens da Granja Comary com a visão de um pintor de óleo sobre tela.
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– É um olhar que vocês (imprensa) não têm oportunidade de ver. A Granja é linda, tem um cenário maravilhoso. ê encantador isso aqui – revelou Parreira, frequentador da concentração em Teresópolis desde o início dos anos de 1990.
Acostumado a passar longos períodos na Granja Comary, o coordenador revela que sente falta de não ter feito fotos de outros momentos com a seleção na concentração, como, por exemplo, na preparação ao Mundial de 1994 e na fase das Eliminatórias, quando passou quase três meses no local, entre jogos e treinos. Diferente daquela época, a realidade agora é outra. O tempo urge e Parreira reclama.
– Nunca vivi uma situação como essa. Se você tirar os dias de viagens (para os amistosos) e folgas, teremos apenas nove dias de treinamentos até a estreia contra a Croácia. É pouco. Vamos ter no total 16 dias. Que eu me lembre, é o período mais curto de preparação que o Brasil já teve para uma Copa.