Parreira afirma que Seleção arriscou até demais

O técnico Carlos Alberto Parreira acredita que o Brasil fez tudo o que poderia para tentar sair de Maceió com a vitória sobre a Colômbia e “arriscou até mais” nessa quarta, dia 13, durante o empate de 0 a 0 pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2006.

– A atitude da equipe foi boa, tentou ganhar o jogo e arriscou até demais, como deveria ter feito. Mas os colombianos se defenderam com unhas e dentes – disse Parreira em entrevista coletiva. – Quando um time não quer jogar, não tem jogo. Eles não arriscaram nada. Os laterais e os volantes não saíram para apoiar, ficaram atrás o tempo todo.

O treinador brasileiro afirmou que fez tudo o que pôde com o objetivo de furar a barreira formada pelos colombianos no meio-campo, orientando jogadas pelas laterais. Ele fez ainda três subsituições colocando Elano e Adriano aos 14 minutos nos lugares de Magrão e Alex, respectivamente, e aos 40 minutos trocou Zé Roberto por Edu.

– Nós tentamos colocar muita gente no campo deles, até facilitando uma jogada de contra-ataque…Eles queriam um contra-ataque, um erro que não aconteceu, a defesa esteve bem postada.

Parreira admitiu que o meia-atacante Kaká fez falta ao time brasileiro. Ele estava suspenso com o segundo cartão amarelo e Alex entrou no lugar do jogador do Milan.

– O jogo ficou muito retrancado. O Alex não teve espaço, assim como o Ronaldinho. O Kaká tem uma característica diferente do Alex, ele chega mais como terceiro atacante e o Alex é mais de empurrar a bola, então ele fez falta exatamente nessa chegada.

Parreira relutou em comentar a atuação do árbitro uruguaio Jorge Larrionda, que não validou um gol legítimo de Adriano e também anulou um gol colombiano alegando impedimento. Mas depois acabou criticando a arbitragem.

– Vocês não me viram reclamar de arbitragem deixa para lá….mas o árbitro não agradou de modo algum, ele não coibiu a violência, o que incentivou a Colômbia a ficar marcando em cima, duro”.

O Brasil volta a jogar pelas Eliminatórias sul-americanas contra o Equador, fora de casa, em novembro.

As informações são da agência Reuters.