Caía uma garoa fina em Blumenau por volta das 20h desta quarta-feira e a temperatura não era das mais agradáveis, mas lá estavam no Parque Ramiro Ruediger Alicia, Gustavo, Bruno, Luís Carlos, Suelen, Jean e até a pequena Bianca Caroline, 10 anos. Não usavam roupas específicas para a prática de esportes, ao contrário de muita gente que frequenta o parque a essa hora. Os celulares nas mãos davam a dica: estavam ali para caçar pokémons.

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Desde que o jogo Pokémon GO foi lançado nos Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e Alemanha, em meados de julho, fãs do desenho e do videogame que foi febre no final dos anos 1990 e começo dos anos 2000, e até os que não entendiam muito da história, esperavam por este momento. E ele chegou por volta das 19h, quando o jogo foi disponibilizado nas lojas de aplicativos.

Caso você tenha ido para Marte e não faz ideia do que está acontecendo, vamos abrir um adendo: Pokémon GO está revolucionando os jogos para smartphones com uma tecnologia de realidade aumentada que usa o GPS dos aparelhos para acrescentar elementos virtuais às imagens do mundo real, quando estas são focadas pelas câmeras dos celulares. Praticamente como o garoto Ash fazia nos desenhos, enquanto a equipe Rocket sempre tinha planos para roubar o mascote Pikachu.

A nostalgia foi o que fisgou o casal Suelen Machado e Jean Martins. Eles eram crianças quando o desenho animado fazia sucesso e estavam ansiosos pela primeira caçada.

— Eu não aguentei esperar e capturei logo um Pokémon que estava dentro de casa, mas logo viemos para a rua procurar mais personagens. O negócio aqui é sério, já temos listas dos mais difíceis de pegar e vamos caminhar por aí procurando melhor — conta Suelen.

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O vendedor Jean Carlos Ramon Júnior era um dos mais empolgados. Conta que veio da Itoupava Norte até o Ramiro procurando as criaturas, e estava empolgado com seu desempenho no jogo:

— Eu estava no trabalho quando saiu o app. Aí baixei e tinha muita coisa legal pelo caminho.

Mas contente mesmo estava Paulo Márcio Pamplona, pai de Alicia, 14. O jogo fez com que a menina o convidasse para dar uma caminhada. Uma oportunidade divertida de praticar uma atividade física e manter o corpo saudável, explica.

— Olha que maravilha, lá vai ela correndo! Vai gastar calorias, mexer o corpo. Que coisa linda!

Brincadeira entre amigos

O gerente de mídias digitais Joel Minusculi voltava do trabalho quando soube que o app tinha sido liberado. Logo estava andando pelas ruas do Centro de Balneário Camboriú atrás de pokémons com alguns amigos.

— Tem vários pokestops na região. No shopping, na praça. O mais legal é ir observando os outros jogadores: você logo se liga que, se a pessoa está com a tela do celular na altura dos olhos, é porque ela também está caçando.

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Ele diz que vai aproveitar que anda bastante a pé pela cidade para jogar mais nos próximos dias. E já lista alguns lugares por onde pretende passar:

— Estão dizendo que na rodoviária de Balneário tem o pokémon mais raro. Estou curioso para conferir.

COMO JOGAR

– O aplicativo gratuito Pokémon Go é uma versão contemporânea do jogo de videogame da Nintendo no final dos anos 1990 no Japão

– Para baixar o aplicativo, acesse as lojas virtuais da Apple e do Android. Alguns itens são pagos dentro do jogo, mas, em geral, ele é gratuito.

– A brincadeira é simples: o jogo começa com a primeira captura. São oferecidas três opções e é preciso escolher uma. Depois, por meio da tela do smartphone, é possível sair em busca de criaturas como Pikachu e Bubassaur para treiná-las.

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– Existem níveis de dificuldade para a caçada, informação que é dada por meio de um círculo acima da criatura. Em geral, tem-se que jogar a pokebola no monstrinho para pegá-lo.

– Para caçar pokémons, é preciso sair pela cidade. Durante o passeio, os jogadores ainda encontram os pokestops, pontos em que eles podem pegar itens especiais e outras criaturas, e ginásios, onde ocorrem as batalhas.

LARISSA GUERRA – larissa.guerra@santa.com.br