Paróquia Santo Antônio de Joinville festeja os 90 anos de vida do padre Lino

Simplicidade e humildade são as palavras que descrevem Lino Satler, padre que aos 90 anos esbanja bom humor e boa vontade para trabalhar há 45 anos em Joinville. Além de comemorar o aniversário, o domingo será de festa na Paróquia Santo Antônio, no bairro Bom Retiro, zona Norte, para celebrar os 60 anos de vida sacerdotal do religioso.

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A história de vida do padre Lino se confunde com sua caminhada de sacerdote justamente pelas fortes influências religiosas que teve desde muito cedo. Nascido no dia 21 de agosto, em Jaraguá do Sul, ele conta que naquela época as famílias eram muito religiosas, e ao menos um integrante era encaminhado para um seminário. Para ele, a inspiração para ingressar neste meio foram as cartas animadoras que o irmão mais velho enviava enquanto estava estudando para ser padre.

Foi em 1939 que seu caminho na Igreja começou definitivamente. Com 14 anos, foi para o seminário de Ascurra, onde permaneceu durante dois anos. Estudou em São Paulo por três anos e mais tarde ingressou no noviciado, para estudar a vida e os regulamentos religiosos. Em 8 de dezembro de 1955, foi ordenado sacerdote e, depois de trabalhar em seminários, optou por atuar em uma paróquia para ter mais contato com a pastoral.

– Cheguei em fevereiro de 1971 em Joinville. Logo fui direcionado para atender às comunidades do interior. Durante cinco anos, convivi com os moradores de Pirabeiraba, Rio Bonito, São Sebastião, Quiriri e Rio do Júlio. Lá, as famílias ofereciam a moradia e celebrávamos a Eucaristia na casa deles – recorda.

Hoje, envolvido com trabalhos de assistência na secretaria da Paróquia Santo Antônio, no tempo livre, costuma se dedicar à produção de sua horta.

Padre Lino lembra dos sacrifícios, como as doenças que enfrentou, mas também ressalta as experiências positivas.

– Espero que haja sempre jovens disponíveis e com a coragem de se dedicar ativamente à religiosidade. Me baseio no que dizia São João Bosco: “Entre os jovens sempre existem qualidades boas, é necessário fazê-las florescer” – finaliza.

*Rodrigo Guilherme Pereira é estudante de jornalismo e estagiário no “AN”.