O plano de resgate do banco Banif, por 2,3 bilhões de euros, foi aprovado nesta quarta-feira pelo Parlamento português, graças ao voto do governista Partido Socialista e à abstenção da oposição de centro-direita.

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O Partido comunista e o Bloco de Esquerda, apesar de aliados do novo governo socialista, votaram contra. O projeto de lei só pôde ser aprovado graças à abstenção dos deputados do Partido Social-democrata (PSD, centro-direita), do ex-premiê Pedro Passos Coelho. Os deputados conservadores do CDS votaram contra.

Na noite de domingo, o Banco de Portugal anunciou a injeção de recursos públicos no Banif, um pequeno banco em dificuldades, vendido ao espanhol Santander por 150 milhões de euros após ter expurgado ativos problemáticos.

“O Banif ia direto para a quebra”, justificou perante os deputados do ministro das Finanças, Mario Centeno, criticando a gestão do caso pelo anterior governo de direita: “fizemos em três semanas o que não se fez em três anos”.

Portugal reduziu seu déficit público a 3,6% do PIB entre janeiro e setembro de 2015, anunciou nesta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatísticas.

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Mas o objetivo de reduzi-lo abaixo dos 3% no fim do ano está seriamente comprometido pela ajuda ao Banif, que aumentará o déficit “em mais de um ponto percentual”, segundo o governo.

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