O Parlamento iraquiano anunciou, nesta quarta-feira (24) à noite, que deu a sua confiança a 14 ministros do governo do independente Adel Abdel Mahdi, mas os cargos-chave de Defesa e Interior seguem vazios.

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Os 220 deputados presentes – dos 329 eleitos em maio, em uma Câmara muito fragmentada – votaram a favor do programa de governo de Abdel Mahdi.

Aos 76 anos, este ex-ministro de Petróleo conseguiu encarnar um incomum consenso em um país cercado por duas potências inimigas, Irã e Estados Unidos.

Os deputados deram a sua confiança a 14 ministros, incluindo aos de Relações Exteriores, Finanças e Petróleo.

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Depois disso, o Parlamento suspendeu a sessão e anunciou que esta será retomada em 6 de novembro para completar o Executivo.

O novo governo enfrenta o grande desafio de reconstrução, em um país arrasado por três años de ocupação dos extremistas do grupo Estado Islâmico (EI) e de duros combates.

E terá que fazer frente a várias chagas que provocaram manifestações que derivaram em atos violentos: a prevaricação no 12º país mais corrupto do mundo, a escassez de eletricidade e um serviço público falido. No verão, 100.000 pessoas foram hospitalizadas por intoxicação com água na província de Basra (sul).

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Abdel Mahdi decidiu, pela primeira vez desde as eleições multipartidaristas 2005, prescindir de adjuntos – o seu antecessor tinha três.

Entre os ministros que obtiveram a confiança do Parlamento estão Thamer Al-Ghadban para Petróleo (ocupou o cargo de 2004 a 2005), o curdo Fuad Hussein para Finanças, e Mohamed Ali Al-Hakim (ex-embaixador do Iraque na ONU) para Relações Exteriores, e Luai Al-Jatib, pesquisador no setor da energia, para a pasta de Eletricidade.

* AFP