O Parlamento Europeu rejeitou nesta quinta-feira a nomeação do luxemburguês Yves Mersch para a diretoria do Banco Central Europeu (BCE), em protesto contra a ausência total de mulheres no comando da instituição. A votação, validada por maioria no Europarlamento, é apenas consultiva. No entanto, pode criar embaraço para os governos da União Europeia que têm a última palavra sobre os membros do BCE.
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No total, 325 eurodeputados votaram contra a nomeação de Mersch, atual presidente do Banco Central de Luxemburgo, 300 votaram a favor e 49 optaram pela abstenção. Vários grupos, incluindo socialistas e liberais, protestaram contra o desequilíbrio de gêneros no BCE.
Se Mersch entrar para a diretoria, nenhuma mulher integrará o conselho de ministros do BCE, que conta com 23 integrantes, até 2018, data prevista para a próxima renovação. Mersch, 63 anos, foi escolhido pelos ministros europeus das Finanças para suceder o espanhol José Manuel González-Páramo.
Os representantes dos 27 governos da UE devem decidir agora se levam em consideração a votação no Europarlamento ou se decidem confirmar Mersch.
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