Um grupo de familiares de vítimas da tragédia na boate Kiss começa a se mobilizar para criar uma associação. A intenção é representar, com amparo legal, todos os assuntos referentes ao caso. Com a orientação da Defensoria Pública, de advogados e de promotores, a ideia é que a primeira reunião, a ser realizada neste sábado, seja o pontapé inicial para o surgimento de uma entidade organizada, e não uma ONG.

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A reunião será realizada às 9h de sábado, no Colégio Santa Maria. A iniciativa partiu de familiares de algumas vítimas, que procuraram a Defensoria Pública e foram orientados a formalizar uma associação.

Conforme o defensor público André Magalhães Silva, o objetivo é prestar assistência aos familiares e ter força política para garantir ações junto ao poder público.

– Se cada um dos familiares ir para a porta do Executivo ou do Legislativo, não serão atendidos. A situação será muito diferente se tiver um representante em meio a eles, que terão poder de barganha para influenciar o poder público e evitar que tragédias desse tipo se repitam – afirma o defensor.

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Segundo um dos idealizadores da associação, Adherbal Alves Ferreira, pai de Jennefer Ferreira, 22 anos, que era uma das vítimas da tragédia da Kiss, o encontro servirá para debater a criação de uma organização inicial e de um estatuto.

Segundo Ferreira, muitos familiares ainda não querem comentar o assunto, mas ele justifica que a criação de uma associação é importante para que haja representatividade em relação a todos os assuntos que envolvam o desastre.

– Queremos uma preservação por parte da imprensa, porque nem sabemos todos os assuntos que vamos tratar, nem a reação de todos. Muitos ainda estão sensibilizados com isso – diz Ferreira, pedindo que a imprensa não participe da primeira reunião.

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Uma audiência pública deve ser realizada pela Defensoria para concretizar as decisões tomadas no próximo sábado. Uma delas, conforme Silva, seria a busca de uma ação coletiva junto à Justiça que garanta a necessidade de indenização a todas as famílias.

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