— Eu não vou ao IML de jeito nenhum — diz Helena Taliberti, 61, que busca cinco familiares que estavam na pousada Nova Estância Inn, em Brumadinho. — Hoje é o dia que vamos ter boas notícias.

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Helena e mais dez familiares estão na Estação Conhecimento, espaço da Vale destinado a receber parentes e amigos de pessoas desaparecidas após o rompimento de barragens da mina do córrego do Feijão, na região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais.

O filho de Helena, Luiz Taliberti Ribeiro, 33, mora na Austrália com a noiva Fernanda Damian de Almeida, 30, grávida de cinco meses. O plano do casal era passar parte das férias no Brasil com os familiares na pousada Nova Estância Inn, em Brumadinho, e conhecer Inhotim.

O local, que fica a menos de 500 metros da barragem, foi invadido pelo mar de lama na semana passada. O último contato que Helena teve com eles foi na sexta-feira (25), logo após o rompimento da barragem B1.

Assim que soube do desastre Helena ligou para todos e não obteve resposta. Também estão desaparecidos o pai de Luiz, Adriano Ribeiro da Silva, 60, a madrasta, Maria de Lourdes Ribeiro, 59, e a irmã Camila Taliberti, 33.

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A Vale não chegou a incluir na lista de desaparecidos nomes de pessoas que não fossem funcionários ou terceirizados. Somente na noite de domingo (27), três dias após o desastre, Helena conseguiu incluir os nomes na lista.

— Eu cheguei a fazer cinco vezes o cadastro — conta.

No sábado, Helena também entrou com uma liminar para rastrear os celulares de seus familiares e conseguiram o acesso nesta segunda. No entanto, não conseguiram encontrar o sinal dos telefones.

— Estamos percorrendo os hospitais. Meu marido, meu sobrinho e outro amigo nosso estão percorrendo os hospitais, ainda há sobreviventes que ainda não foram identificados — diz.

Os familiares seguem esperando por notícias e acreditam que o reforço da equipe israelense irá facilitar o trabalho de buscas.

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