A minha meta inicial era ficar sem tomar a bebida por um mês, mas o título da coluna já deu o spoiler de como isso terminou.

Continua depois da publicidade

Não me considerava uma viciada em café, tomava três cariocas (café diluído em água quente e que até hoje não descobri o porquê desse nome, mas isso é assunto para outro texto) por dia, e notei que essa frequência foi aumentando, primeiro em quantidade de xícaras e depois passei do carioca para o espresso puro.

A ideia surgiu de repente, quando me peguei com taquicardia e parei para pensar em como meu organismo se comportaria se eu cortasse totalmente o café. Foi assim que resolvi me colocar como cobaia de mim mesma, por pura curiosidade.

O primeiro dia foi o mais fácil, eu estava decidida e troquei o café matinal por uma xícara de chá de anis com canela, que adoro. Esperei uma dor de cabeça que nunca apareceu, pois é relatada por muitos como o sintoma de abstinência mais comum.

O segundo dia também foi relativamente tranquilo, com muitas xícaras de chá consumidas para disfarçar a vontade de beber café. Sentir o cheiro e não “poder” tomar é torturante. Não senti sono e nem moleza fora do comum, inclusive uma diminuição da ansiedade e das dores de gastrite.

Continua depois da publicidade

Abstinência

De acordo com o Medscape, “os sintomas de abstinência geralmente começam 12 a 24 horas após a súbita interrupção do consumo de cafeína e atingem um pico após 20 a 48 horas. Em alguns casos, contudo, estes sintomas podem aparecer em apenas três a seis horas e podem durar cerca de uma semana”.

Vício

No terceiro dia é que a coisa começou a pegar. A dor de cabeça continuava ausente e, por isso, pensei que realmente não fosse viciada em cafeína. O problema maior foi uma angústia que aumentava a cada dia, incluindo outros sintomas de depressão e crises de choro. No exato sétimo dia me senti tão pra baixo que resolvi me render. Foi a melhor xícara de café que eu tomei na vida.

> SC tem potencial para produzir café especial, aponta pesquisa

Conforme o departamento de psicobiologia da Unifesp, a cafeína é um psicoestimulante que possui efeitos terapêuticos importantes como dilatação dos brônquios, estimulação do coração e aumento da excreção urinária. Em quantidades moderadas (85 a 250mg), os usuários relatam uma sensação de bem-estar, melhora de atenção e pensamento. Porém, em doses elevadas (acima de 250mg), podem surgir nervosismo, inquietação, insônia e tremores.

Cafeína

Já é comprovado que a cafeína vicia, mas a grande quantidade de estudos que existem sobre o assunto, acaba nos deixando loucos com tantos prós e contras. A verdade é que cada organismo é único e reagirá à cafeína (e à falta dela) de uma forma muito particular. É, por isso, que muita gente consome café logo antes de deitar e, ainda assim, dorme feito um bebê; outros ficam agitados a noite inteira (meu caso, inclusive). Cabe a nós testarmos qual a quantidade segura para cada um ingerir, e que ela nos traga o equilíbrio do prazer sem prejudicar.

Continua depois da publicidade

Por Renata Diem

Receita de BOLO DE LEITE EM PÓ para café da tarde

Leia também

Como excluir uma página e conta do Facebook

Quais os melhores horários para postar no Instagram

Como funciona uma vacina?

Por dentro de um laboratório de produção de vacina

Recorde de frio em SC: confira as menores temperaturas registradas na história