Sentados em frente à casa invadida na Linha 14 de Julho pelos criminosos que assaltaram a Fábrica de Joias Guindani, em Cotiporã, na madrugada deste domingo, familiares dos sete reféns que ainda estão nas mãos dos assaltantes, aguardam por notícias. Abatidos e incrédulos, a sensação é única:
Continua depois da publicidade
– Parece que estamos em um filme – diz Marciano Fernandes, 33 anos, marido de uma das reféns.
>> GALERIA DE FOTOS: veja imagens do confronto entre BM e bandidos
Justina Buratti é mãe de Ademir Buratti, 49, e sogra de Aivone Buratti, 52 anos, proprietários da residência invadida. Vizinha do filho, Justina conta que sua casa foi a primeira abordada pelos bandidos.
– Ouvi barulhos e meu marido mandou eu ficar onde estava. O cachorro estava solto, bravo e começou a latir, acho que por isso eles foram embora – relatou.
Continua depois da publicidade
Logo em seguida, Justina e o marido ouviram fortes barulhos. Tempo depois o genro Marciano entrou na casa contando o que tinha acontecido. Marciano conseguiu se esconder embaixo da cama e, por isso, não foi levado. Segundo ele, os ladrões arrombaram a porta e levaram todos que viram pela frente. Os donos da residência, as quatro filhas, sendo uma de 11 anos, e o genro.
Depois de 20 minutos, já em segurança, Marciano saiu do esconderijo e conseguiu avisar a Brigada Militar. Apenas Aivone, Ademir e a filha de 11 anos residem na casa. Os outros parentes visitam a família em função das festas de final de ano.
– Espero que isto tudo acabe bem e que seja antes de anoitecer. Não sei como passaremos a noite – disse Justina.