O casamento de 20 anos entre Inter e Andrade Gutierrez (AG) começa às 11h desta segunda-feira, com a assinatura do contrato de parceria para reforma do Beira-Rio. Depois de negociação arrastada, desgastante e cheia de incertezas, a relação começa com mesuras. A construtora preparou um vídeo para apresentar na solenidade e promete verter lágrimas de todos os colorados.

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A ação é a primeira da AG para melhorar sua imagem junto à torcida. A segunda será exibida na prática. A empreiteira pediu permissão ao Inter para se instalar no estádio a partir de terça. A ideia é deflagrar a obra o mais rápido possível para amenizar o tempo perdido na negociação do contrato. A confecção do documento levou praticamente um ano.

O Inter cogitou fazer a assinatura no gramado do Beira-Rio. Instalaria dois amplos toldos no campo. Mas desistiu da ideia. A solenidade será mesmo no Salão Nobre do Conselho Deliberativo. O presidente Giovanni Luigi receberá o presidente da AG, Otávio Azevedo, representantes do Comitê Olímpico Local, o prefeito José Fortunati, deputados e outras autoridades. O governador Tarso Genro ainda não confirmou, mas sua presença é esperada pelo cerimonial.

Até a tarde de ontem, o Inter havia enviado mais de cem convites. Todos os conselheiros e ex-presidentes estão convidados. O vice-presidente de assuntos extraordinários, Luciano Davi, espera 500 pessoas no evento. A torcida também está convidada. Poderá acompanhar a assinatura por meio de um telão instalado na área externa do estádio, próximo ao museu.

A solenidade será curta, com discursos rápidos. Estima-se que consumará 45 minutos. Precisa ser breve até porque Luigi embarca no início da tarde para a Bolívia, onde quarta-feira o Inter faz decisão contra o The Strongest, pela Libertadores.

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No sábado, quando ainda curtia a definição do acordo com a AG, Luigi recebeu telefonema do superintendente da construtora, Ari Panioti Santos. Ouviu do interlocutor o pedido para que as primeiras máquinas da AG entrem no estádio já na terça-feira. Na sexta, quando fez o anúncio do acordo, o presidente estimou que a obra seria retomada em 12 dias.

A construtora marcou reunião para o início da manhã de hoje com as empresas que fornecerão o maquinário. A partir daí, será definido o cronograma para descarregar as cerca de 10 máquinas, entre caminhões, miniescavadeiras e minicarregadeiras. A AG já havia tentado ingressar com as máquinas no estádio no dia 5 de março. Mas como o acordo com o Inter seguia emperrado, Luigi proibiu o acesso delas. Avisou que isso só ocorreria com o contrato assinado. Hoje, depois das 11h, esse obstáculo estará vencido.