Cerca de 50 quilômetros separam Blumenau de Brusque, ambas no Médio Vale do Itajaí, e poucas coisas diferenciam as duas cidades de colonização germânica. Uma delas é, com certeza, a relação cultivada entre as polícias locais.
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>>Inversão de atribuições entre as polícias gera dúvidas
Enquanto em Blumenau a falta de cooperação e entendimento prejudica o trabalho em prol da segurança, em Brusque militares e civis encontraram uma forma de driblar as dificuldades e unir forças para alcançar os objetivos.
Segundo o delegado responsável pela Divisão de Investigação Criminal (DIC), Alex Bonfim Reis, o relacionamento funciona porque é baseado no respeito às funções de cada corporação:
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– O que posso dizer é que a Polícia Militar sempre nos prestou um grande apoio, porque investigação é exclusividade da Civil. Mas sempre funcionou de forma muito positiva exatamente porque existe respeito às atribuições de cada instituição. Assim cada um pode fazer seu trabalho sem sofrer prejuízo, pois se não fosse assim, quem perderia seria a população.
O subcomandante do 18º Batalhão da Polícia Militar, major Moacir Gomes Ribeiro, ratifica a opinião do delegado, ressaltando que a parceria e o respeito entre as instituições ajudam a construir resultados positivos no combate à criminalidade e a amenizar um problema sofrido por todos os órgãos da segurança: a falta de profissionais.
– O nosso efetivo tem diminuído a cada ano e acredito que a Polícia Civil tem o mesmo problema. Quando unimos o pouco que temos conseguimos uma equipe maior e nos apoiamos, o que nos permite resultados muito positivos e demonstra que um trabalho em conjunto sério, com responsabilidade pode ter mais êxito – conclui.