Inexplicável. Foi assim que o paratleta de Itajaí Flávio Reitz, 25 anos, definiu a experiência nos Jogos Paralímpicos de Londres, em entrevista ao Sol Diário na tarde de terça-feira, via Facebook. Na noite de segunda-feira ele disputou a final do salto em altura (classe F42) na capital inglesa, ficando com o 5º lugar.
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A medalha não veio, mesmo assim o resultado foi histórico: com salto de 1,68m – na primeira competição internacional – Flávio bateu o recorde brasileiro da modalidade, conforme o Comitê Paralímpico Brasileiro, e a própria melhor marca da carreira (1,65m em junho de 2012), além de ser o único representante das Américas na decisão.
Natural de Francisco Beltrão, no Paraná, o paratleta teve de amputar a perna esquerda por causa de um tumor no fêmur, descoberto aos 15 anos. Ele mudou-se para Itajaí em 2009, onde ocorreu o primeiro contato com o atletismo, e desde então tem se destacado nas competições. Com o desempenho pessoal inédito em Londres, Flávio já projeta evolução nos Jogos do Rio de Janeiro em 2016.
– Todos que estão nas Paralimpíadas almejam a medalha e eu não sou diferente. Sei muito bem das minhas capacidades e termino minha participação com vontade de mais, de evoluir cada vez mais no salto em altura – diz.
Ele ressalta ainda a estrutura, organização, segurança e nível de equipamentos e provas. Competindo com os melhores paratletas do mundo, o itajaiense avalia o aprendizado como único:
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– Ficou a experiência de estar em uma prova com quase 80 mil pessoas te olhando e ter que exigir o melhor do teu corpo – analisa.
Na final em que Flávio foi quinto colocado, o ouro ficou com Illiesa Delana, das Ilhas Fiji. Girisha Nagarajegowda (Índia) e Lukasz Mamczarz (Polônia) completaram o pódio. Todos saltaram 1,74m.
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