Depois da realização dos Jogos Olímpicos no último mês, a cidade de Atenas volta a ser palco de mais um importante evento poliesportivo mundial. Nesta sexta, dia 17, o magnífico Estádio Olímpico recebeu o espetáculo de abertura dos Jogos Paraolímpicos, que reúnem 144 países e cerca de quatro mil atletas.

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O espetáculo teve início com a entrada de um grupo de 150 crianças gregas que se aproximaram de uma grande oliveira no centro do gramado. A árvore iluminou as crianças, simbolizando o conhecimento e a modernidade. Em seguida, houve a execução do hino grego e o hasteamento da bandeira helênica.

A delegação brasileira foi a 19ª a entrar, com seus 98 atletas, que disputarão 13 modalidades. É o maior número de atletas que o Brasil envia na história para uma paraolimpíada. Apenas atletas do judô, basquetebol em cadeira de rodas, tênis de mesa, esgrima em cadeira de rodas e futebol de cinco (para cegos) não desfilaram porque competem neste sábado.

Os atletas brasileiros José Afonso Medeiros, o Caco, da natação, e Aurélio Guedes dos Santos, do atletismo, carregaram juntos a bandeira brasileira. Caco, em cadeira de rodas, levou o símbolo nacional, sendo conduzido por Aurélio, que é deficiente visual.

José Medeiros foi o primeiro homem da natação brasileira a ganhar uma medalha de ouro paraolímpica, em Atlanta, e Aurélio é o atual campeão mundial e parapan-americano na maratona para deficientes visuais.

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Algumas delegações de países, além da grega, foram bastante aplaudidas pelo público, como a iraquiana, a palestina e a do Turcomenistão.

Mas a principal atração do espetáculo da cerimônia paraolímpica veio depois que todas as delegações desfilaram. O tema da apresentação denominada “A Jornada para o Sol” é a energia básica pela qual o homem se aproxima da força para a vida: a energia dos elementos universais, que são o magma (fogo), a água, a terra e o ar. Cerca de duas mil pessoas se mobilizaram para a realização desta performance. Um dos destaques da cerimônia de abertura foi a árvore de oliveira, representando uma humanidade sem fronteiras.

Para encerrar a festa, a tocha paraolímpica surgiu iluminando o Estádio Olímpico. Vários atletas com deficiência dividiram o percurso da tocha. A chama percorreu toda a pista e acendeu a pira, que só se apagará no dia 28 de setembro, quando acaba a Paraolimpíada de Atenas.

As informações são do Comitê Olímpico Brasileiro.