Funcionários das empresas de transporte coletivo Emflotur e Biguaçu terminaram a paralisação-relâmpago que durou pouco mais de duas horas por volta de 7h30min desta quinta-feira. Cerca de 350 trabalhadores participaram da manifestação, que impactou em 84 linhas sem circular. Todo o município de Biguaçu, parte de São José e da Capital ficaram sem transporte coletivo durante a paralisação-relâmpago.

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De acordo com o Antonio Carlos Martins, diretor do Sindicato dos Trabalhadores, faltam banheiros para funcionários, há descontos em salários considerados ilegais, jornada de trabalho dobrada, multas de trânsito sendo pagas pelos motoristas sem tempo de defesa, além de convocação para trabalho extra sem pagamento proporcional.

Depois de uma reunião que durou pouco mais de 30 minutos, representantes do sindicato e da empresa assinaram um documento para regularizar a situação com tempo definido para cada caso, com prazo médio de cinco dias.

Durante a paralisação uma viatura da Polícia Militar acompanhou os trabalhadores, mas o clima foi considerado pacífico pelo sindicalista. Não houve confronto entre manifestantes e representantes das empresas.

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As primeiras viagens deveriam ter começado por volta de 5h30min, quando os trabalhadores cruzaram os braços. Pelo menos 60 ônibus permaneceram na garagem, mas voltaram a circular após o fim da negociação.

Em entrevista à Rádio CBN, o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis (Setuf) afirmou não ter conhecimento da paralisação. Valdir Gomes se disse surpreso com a manifestação e não ter conhecimento de que a empresa estaria descumprindo a convenção coletiva de trabalho.

Contraponto

Em nota, as empresas Biguaçu e Emflotur lamenta “profundamente o ocorrido, principalmente da maneira como aconteceu, sem qualquer aviso prévio e colocando em prejuízo boa parte dos usuários do transporte público da Grande Florianópolis.” O texto ressalta ainda que toda e qualquer remuneração extraordinária é registrada na folha de pagamento.

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