Depois de parar por três horas na manhã desta sexta-feira, o Sintraturb, sindicato que representa os motoristas e cobradores da Grande Florianópolis, comunicou que haverá uma nova paralisação do transporte na Capital às 15h, sendo retomado normalmente depois das 17h. A mobilização faz parte da greve geral, que ocorre nacionalmente e é contra as reformas trabalhista e previdenciária proposta pelo governo federal.
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A manhã desta sexta-feira, 30, foi marcada por mais um dia de protestos contra Temer e as reformas trabalhistas no país. Logo cedo, por volta das 6h, um grupo bloqueou as quatro pistas da Via Expressa, que ligam o Continente ao centro da cidade, e houve confronto entre PM e manifestantes.
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Às 8h, os trabalhadores do transporte público paralisaram as atividades por três horas. Muitos passageiros conseguiram chegar até o Terminal de Integração do Centro (Ticen), mas ficaram sem condução para seguir até seus destinos. Com poucas vans cobrindo as linhas dos ônibus, o jeito foi pedir carona.
— Vim de Canasvieiras, foi tranquilo, mas devia ter saído mais cedo. Cheguei aqui às 8h20min e já não tinha mais ônibus. Estou esperando meu patrão me buscar, porque as vans não apareceram — contou Eliane Cardoso, de 50 anos, que trabalha com faxina, em Coqueiros.
Tatiana Oliveira, de 36 anos, saiu de casa às 6h, em Palhoça, com destino à região da Beira-Mar Norte. Sem transporte, também ficou “ilhada” no Ticen.
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— Estou esperando minha chefe me buscar. Liguei pra ela agora. Eu sabia que ia ter a paralisação, mas como peguei um ônibus às 6h30, achei que ia continuar funcionando ao longo do dia — disse Tatiana.
— Sabemos que qualquer tipo de paralisação sempre traz transtornos. Se, por um lado traz esse transtorno, por outro lado alerta a população sobre os riscos que trazem as medidas implementadas pelo atual governo — destacou Jacir Zimmer, executivo da CUT-SC.