Os vigilantes patrimoniais de Florianópolis realizaram na tarde desta quinta-feira uma paralisação pelo reajuste salarial. A manifestação não atrapalhou o funcionamento das agências bancárias e de outros órgãos públicos. Durante a audiência de conciliação no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), os representantes dos sindicados dos trabalhadores e das empresas chegaram a um acordo. Mesmo assim, haverá assembleias pelo Estado.

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Por meio da mediação, os representantes chegaram a um reajuste de 12% sobre o salário-base, que hoje é de R$ 1.155,47, e de 16,7% no vale alimentação. Segundo o Sindicado dos Vigilantes de Florianópolis (Sindvig), eles não têm plano de saúde.

– Realizamos uma assembleia após as quatro horas de negociação e os trabalhadores de Florianópolis decidiram aceitar a proposta pela maioria de votos. Temos informações de que outros cinco sindicatos também devem aceitar e os demais farão as suas assembleias amanhã (quinta e sexta-feira) – informou o presidente do Sindvig e da Federação dos Vigilantes e Empregados das Empresas de Segurança (Fevasc), Luiz Carlos Silva.

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Foto: Betina Humeres/Agência RBS

O presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada de Santa Catarina (Sindesp), Dilmo Berger, disse que a negociação começou há bastante tempo. Ele explicou que precisa levar a proposta para uma assembleia somente na próxima terça-feira.

Santa Catarina tem cerca de 28 mil vigilantes, que estão divididos em 12 sindicatos. Somente em Florianópolis, que é a 2º maior cidade do Estado, atrás somente de Joinville, são cerca de 4,8 mil.

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Um ponto que gerou debate foi a falta no dia parado. As empresas poderão optar pelo desconto dos trabalhadores que aderiram à paralisação ou a reposição das horas que não foram cumpridas. Em compensação, o Sindesp se comprometeu que não haverá penalidade aos trabalhadores.

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A manifestação não teve ligação com o assassinato de um vigilante de carro forte na última terça-feira, em Florianópolis. Apesar disso, os companheiros prestaram várias homenagens ao colega morto em serviço.

– Infelizmente, nossa profissão não tem a remuneração adequada pelo nosso serviço prestado. Arriscamos as nossas vidas para o bem da população e não sabemos se voltaremos para a casa após o expediente – ressaltou o vigilante Fabrício Alves.