A paralisação dos caminhoneiros, que em Santa Catarina durou de 18 de fevereiro a 3 de março, causou prejuízos de R$ 20 milhões somente no setor leiteiro. A estimativa foi divulgada nesta terça-feira pelo Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados de Santa Catarina (Sindileite).
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O valor corresponde a uma perda de R$ 14,2 milhões para os produtores, pois deixaram de ser recolhidos 15,7 milhões de litros. Boa parte dessa produção foi jogada fora, por ser um produto perecível e que teria que ser industrializado em menos de 48 horas.
Alguns agricultores, como Laudemir Daltoé, de Descanso, no Oeste Catarinense, que perdeu em torno de mil litros, fizeram queijo e acabaram utilizando o leite para alimentar os porcos.
Outros R$ 6 milhões são de prejuízo das indústrias. De acordo com o Sindileite esse é o valor mensurável sem contar a perda de mercado para concorrentes de outros estados.
Durante a greve, além das perdas contabilizados, as empresas estimam que deixaram de faturar R$ 62,5 milhões em produtos que deixaram de ser vendidos.
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Na nota divulgada para a imprensa, o Sindileite ressaltou o apoio que recebeu do Governo do Estado na tentativa de amenizar os impactos da greve e avaliou que o prejuízo poderia ser menor se o Governo Federal tivesse aberto um canal de negociação com os grevistas.