Polícia Civil, presos e familiares de detentos começam a sentir as consequências da paralisação dos agentes penitenciários. A carceragem da 1a Delegacia de Florianópolis abriga criminosos detidos no final de semana e duas tentativas de encaminhá-los para o Presídio da Capital geram impasse nesta terça-feira.

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>>> Imagens da paralisação dos agentes

Eles não foram recebidos e houve reclamação do diretor-regional de Polícia Civil da Grande Florianópolis, delegado Ilson Silva. Ele afirmou que o pessoal terá de ser deslocado da investigação e atendimento ao público para cuidar de presos. Acrescentou que os detentos ficaram em situação inadequada porque oito pessoas, incluindo uma que usa gaiola ortopédica por causa de uma lesão na perna, dividiram o espaço projetado para três.

O presidente do sindicato que representa os agentes penitenciários Mario Antonio Silva, respondeu que não quer atrito com outra categoria. Ele atribuiu a culpa ao governo estadual, que negocia desde outubro do ano passado as reivindicações da categoria. Famílias reclamam que não podem entrar nas prisões Movimentos sociais também se mobilizaram na terça porque, sem os agentes, os presos deixaram de ter banho de sol e as famílias não podem entrar nas cadeias.

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Mas a Associação de Amigos e Familiares de Pessoas em Privação de Liberdade e da organização Brigadas Populares são favoráveis às reivindicações dos grevistas. Os parentes dos presos ressaltam que, sem poder entrar nas cadeia, é impossível entregar itens de higiene pessoal.

Em mobilização na Praça Tancredo Neves, em Florianópolis, os dois movimentos sociais apoiaram os agentes penitenciários. O Departamento de Administração Prisional reconheceu os problemas e diz estar trabalhando para resolver a situação.