A greve de agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal de Itajaí completa hoje 10 dias, sem previsão de volta ao trabalho. Ontem à tarde, o governo Federal recebeu representantes da categoria mas não apresentou nenhuma proposta. Um novo encontro ficou agendado para a próxima terça-feira.
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Enquanto isso, a paralisação impacta principalmente na emissão de passaportes, que é o serviço mais requisitado. Até agora, mais de 400 documentos deixaram de ser expedidos pela Delegacia de Itajaí.
Por enquanto, as agências de viagens ainda não registraram redução na procura de pacotes em função da incerteza sobre os passaportes. Mas há apreensão no setor:
_ Temos passageiros com passagem comprada e que dependem do passaporte para fazer o visto. Se não sair a tempo, podem perder a viagem _ diz o agente de viagens Renato Espíndola.
Além da emissão de passaportes, outros serviços também seguem suspensos, como a confecção de certidões de antecedentes criminais, autorização para porte de arma e para comercialização de produtos químicos. Os atendimentos só ocorrem em casos de emergência.
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Por enquanto, somente os serviços da Polícia Federal no Aeroporto de Navegantes e nos portos da região estão mantidos.
Ontem, delegados da Polícia Federal de Itajaí também fizeram uma paralisação _ a segunda em uma semana. A suspensão do trabalho dos delegados afeta o andamento dos cerca de 500 inquéritos que correm na delegacia de Itajaí, e incluem investigações sobre corrupção e crimes eleitorais.
A paralisação dos delegados ocorre paralelamente à dos agentes. A principal reivindicação dos policiais é a reestruturação da carreira. A categoria alega estar há seis anos sem reajuste salarial e pede equiparação com outros funcionários públicos federais, que também têm exigência de nível superior. Eles reivindicam ainda melhores condições de trabalho.
Já os delegados pedem melhores condições de trabalho e recomposição das perdas inflacionárias.