A paralisação parcial dos servidores municipais afetou de maneira distinta dois ambulatórios gerais (AG) de Blumenau nesta terça-feira. Pela manhã, a unidade de saúde Marilene Giacomet de Aguiar, no bairro Escola Agrícola, tinha poucos pacientes aguardando atendimento e inúmeras ligações telefônicas. E o motivo era o mesmo: procura pela vacina contra a gripe, liberada para toda a população desde segunda.
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Os servidores que atuam no setor de imunização da unidade aderiram à paralisação, assim como alguns técnicos e, possivelmente, dois clínicos no período da tarde. Mesmo absorvendo o atendimento de centros de saúde que não abriram nesta terça, como o posto Edemar Winckler, próximo à Rua Coripós, o movimento era normal e sem muita espera ao longo da manhã.
A situação era diferente no ambulatório geral Mário Jorge Vieira, no bairro Fortaleza. Com três aplicadores de vacina trabalhando na unidade, a fila de pessoas que aguardavam atendimento era maior que o número de assentos disponíveis na entrada e corredores do prédio. Sem contar aqueles que por volta das 10h já formavam fila para conseguirem imunizar-se no período da tarde.
Sidirlei Pereira Chaves, de 41 anos, era o primeiro que aguardava fora da unidade de saúde. Ele chegou ao AG da Fortaleza às 7h30min e conseguiu uma das cerca de 150 senhas que foram distribuídas durante a manhã para se imunizar contra a gripe. Em seguida, saiu da unidade e começou a fila para o atendimento da tarde com o objetivo de esperar a filha, que viria logo após a escola em busca da vacina.
– É uma espera longa, mas importante. É algo que já fizemos no ano passado, após a liberação das vacinas para a população em geral, então estamos repetindo neste ano. Temos que aproveitar porque a vacina está cara – relata.
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Além de absorver a população que não conseguiu vacina em outros bairros, alguns servidores do AG da Fortaleza participaram da mobilização durante a manhã desta terça-feira. O setor mais afetado da unidade era a enfermagem, principalmente nas áreas de acolhimento e intercorrência médica, o que aumentou o tempo de espera para atendimento dos pacientes.
A lista divulgada pela prefeitura de Blumenau no fim da manhã desta terça-feira aponta que a mobilização é maior entre os servidores da saúde. No total, 15 unidades estavam completamente fechadas nesta manhã. Na área da educação, a paralisação dos servidores fez com que quatro unidades, entre escolas e Centro de Educação Infantil (CEI), ficassem sem atendimento.
A reportagem visitou dois CEIs e uma escola, também nos bairros Fortaleza e Escola Agrícola, e todos tinham alguns profissionais mobilizados na greve. Os servidores que permaneceram trabalhando nessas unidades afirmaram que estavam indignados com a proposta da prefeitura, mas que não estiveram na paralisação por diferentes motivos.