O paradeiro do menino de quatro anos que sumiu após o pai ser assassinado ainda desafia a polícia. As investigaçações apontam que o garoto está com a mãe e o padrastro, suspeitos da morte de João Philip Gonçalves Nunes, de Blumenau. Entretanto, a localização é desconhecida. 

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O jovem de 23 anos saiu do Vale do Itajaí no fim do ano passado para ir buscar o filho que passava uns dias com a mãe no Paraná. Ele tinha a guarda legal do pequeno, mas caiu em uma emboscada armada pela ex-mulher e morreu, segundo o inquérito. 

Ao menos cinco pessoas teriam envolvimento no crime. Três estão presas, de acordo com o delegado Thiago Nóbrega, mas ainda não se sabe onde está Maria Eliza Moreira Marins e Francisco Domenny, que fugiram logo após o crime levando o menino. 

A Justiça determinou a prisão do casal pelo crime de homicídio e por subtração de incapaz. Isso porque, apesar de ser a mão biológica do pequeno, a mulher não tem a guarda dele. A tutela do menino é oficialmente da avó parterna, depois do assassinato.

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Temos feito contato com a polícia de regiões onde acreditamos que eles possam estar, mas não os encontramos. Acredito que eles estejam usando nomes falsos, o que dificulta a localização. Porém, é uma questão de tempo para encontrá-los Thiago Nóbrega, delegado de polícia

Relembre o caso 

De acordo com o delegado Thiago Nóbrega, no dia 5 de dezmebro do João foi até a Curitiba de carro acompanhado dos pais para buscar o garoto. Conforme a investigação, ao chegar a Vila Corbélia, uma favela, o rapaz seguiu as orientações da ex-mulher e foi até o local indicado por ela através de mensagens de texto.

Na casa teria sido brutalmente espancado e esfaqueado até a morte por quatro homens. Depois o corpo foi jogado em uma área de mata próxima. O rapaz foi achado sem vida no mesmo dia por uma pessoa que passava na região, viu o corpo e chamou a polícia. 

— O João combinou com essa ex-companheira de ir até o local onde ela estava para pegar a criança e ela acabou armando uma emboscada para ele. Porque assim que ele chegou na favela, ela o levou até os comparsas, que espancaram João até a morte e desovaram o corpo numa área de mata nas proximidades — explica Nóbrega.

O policial conta que a ex-mulher brigou pela guarda da criança na Justiça e chegou a dizer que o pai abusava sexualmente do filho. Laudos confirmaram que se tratava de mentira. A Vara da Família concedeu a tutela do pequeno para João.

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A mãe da vítima, Katia Regina da Silva, diz que o filho tinha a guarda do neto desde dezembro do ano passado. Porém, a mãe do pequeno estava com ele porque a Justiça tinha autorizado a passar um período com a genitora. Depois disso o menino não teria sido trazido de volta ao Vale do Itajaí e João teria conseguido uma ordem judicial para buscar o garoto.

Sabendo que o ex-companheiro iria buscar o filho no domingo, a mulher teria dito a traficantes que o homem violentava a criança.

— Ela começou a espalhar esses boatos dentro da favela onde mora para que os traficantes locais pegassem raiva dele. E de posse desses boatos, assim que o João chegou na comunidade, ela avisou os traficantes. E normalmente nesse tipo de caso (estupro) eles acabam matando mesmo de modo cruel — conta Nóbrega.

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