Vestindo as cores do arco-íris e lutando contra o preconceito, uma multidão foi à Beira-Mar Continental, no Estreito, na tarde deste domingo para participar da 10º Parada do Orgulho LGBT de Florianópolis. O tema escolhido para 201 6 foi “Na diferença somos todos iguais”.

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Dois trios elétricos embalaram a multidão, tocando muita música eletrônica e sucessos pop. A concentração começou próximo a ponte Hercílio Luz e seguiu pela avenida. A ativista drag queen Dindry Buck foi a responsável por animar o público e também deixou a sua mensagem contra o preconceito:

— Nós lutamos de uma forma bonita. Respondemos às agressões com nossas cores, nossa alegria e nossa irreverência — disse.

O casal Annelise Gaynett de Barros e Jéssica Aline S. de Barros foram prestigiar o evento e aproveitaram a parada para comemorar um ano de casadas. As companheiras estão juntas desde 2010 e relembram quando não tinham direito ao casamento civil:

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— Acompanhamos de perto as mudanças na lei até termos o direito de nos casarmos. Acredito que a parada também é um ato político, para mostrar que o amor é o mais importante, que não importa o gênero — disse Annelise.

Três gerações da família Monteiro foram juntos à parada. A avó Marlene, 67, estava com o filho Pedro, 45, a nora Benilda, 48 e a neta Maria Augusta, de 9 anos:

— Eu já tive muito preconceito, até que aconteceu na minha família e vi que isso era uma besteira, que não tem diferença nenhuma — contou a Marlene.

A nora Benilda destacou a importância de trazer a filha para participar da festa:

— Já ensinamos ela desde pequena que devemos saber conviver com as diferenças, respeitar todos para ser respeitada.

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A família Costa foi na Beira-Mar para dar uma volta de bicicleta e aproveitou um pouco a confraternização:

— Acho legal, uma festa bonita, temos todos que conviver bem e se respeitar — falou o pai Fernando Costa, acompanhado da esposa Marisa e do filho Vitor, de 8 anos.

Local foi alterado de última hora

De acordo com o organizador, Ricardo Medeiros, do Instituto Brasileiro de Diversidade Sexual, o evento foi organizado sem nenhum recurso público. Até sexta-feira a parada estava marcada para acontecer nas ruas do Centro da Capital, porém não obteve autorização da Prefeitura e trocou para a Beira-Mar Continental.

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— A ideia é que esse evento não se perca em Florianópolis. Conseguimos o apoio da iniciativa privada para realizar, mas precisamos cobrar do poder público todas as questões políticas referentes ao público LGBT — finalizou. 

A organização e a Polícia Militar não fizeram estimativas de público.