“Amor é amor”, disse Luana de Oliveira, 21 anos, após dar um beijo em sua namorada Ana Cristina de Oliveira, 23, durante a 3ª Parada da Diversidade de São José. As duas, claro, estavam ali pela festa – que acontecia ao som de música eletrônica, vinda de quatro trios elétricos coloridos – mas também para mostrar que o romance delas é igual ao de qualquer pessoa do mundo.

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– Tem gente que olha feio, alguns resmungam quando a gente se beija na rua, mas o que a gente faz é certo, é amor – conta Luana.

A Parada, para quem vê de longe, é uma grande festa. Música alta e pessoas dançando como se estivessem em uma boate. Mas para quem olha mais de perto, percebe que as pessoas estão pedindo por igualdade.

É esse o pensamento de Alexiana de Oliveira, que foi o seu marido e a filha de quatro anos ao evento. Ela conta frequenta a Parada desde a primeira edição. No começo foi influenciada por um amigo gay, mas hoje vai para educar a filha:

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– É para minha filha crescer sem preconceito – diz Alexiana.

Prefeita marcou presença

A prefeita de São José, Adeliana Dal Pont, também estava na Parada, que faz parte da programação de aniversário do município. Ela nunca tinha participado, mas gostou do movimento:

– Não existe mais lugar no Brasil para quem não quer fazer parte dessa integração – disse a prefeita.

Ao lado dela, o vereador e organizador da Parada da Diversidade de Florianópolis, Thiago Silva, observa que o município de São José demonstra seu respeito às pessoas ao incluir uma data dedicada aos homossexuais dentro de seu calendário oficial:

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– São José tem tudo para ter uma Parada tão grande ou maior do que a de Florianópolis, já que existe apoio do poder público – disse o vereador.

Thiago continuou na festa, que saiu do Fórum e foi até a Beira-Mar de São José, onde DJs fizeram shows. O organizador do evento na cidade, Ricardo Medeiros, explica que a música é apenas um meio de agregar gente para difundir a cidadania. Questionado sobre o motivo de fazer um evento similar e tão próximo ao de Florianópolis, Ricardo diz:

– A luta pela igualdade é a mesma, em Florianópolis e em São José.