Na frente da casa noturna, no Centro de Florianópolis, uma menina pergunta se é ali o ensaio para o flash mob. A cena confirma a ideia principal da intervenção urbana em que pessoas, previamente organizadas, se reúnem e desenvolve alguma atividade. Neste caso, será apresentada uma coreografia no meio do desfile da 7ª Parada da Diversidade da Capital, no domingo.
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Como essa menina, foi assim que as mais de 300 pessoas chegaram aos três ensaios. No último, sábado, o Diário Catarinense acompanhou os passos que serão apresentados na Avenida Beira Norte.
O que promete ser o maior flash mob de Santa Catarina começou a ser pensado há um mês por um núcleo que organiza festas voltadas para o público GLBTS – Gays, Lésbicas, Bissexuais, Trangêneros e Simpatizantes.
>> Confira o ensaio para o Flash Mob
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Um evento foi criado no Facebook e, à medida que viam, os interessados enviavam um email com nome e telefone com o título “quero participar”.
– O email foi uma forma de mantermos contato com essas pessoas e enviarmos as informações sobre os ensaios e a apesentação – Explicou Patrícia Laus, uma das organizadoras do flash mob.
De acordo com Paty, como prefere ser chamada, cerca de 700 pessoas enviaram email. No ensaio do último sábado, havia pouco mais de 50 pessoas, mas segundo a organizadora, muitas que vieram no primeiro ensaio, depois, continuaram dançando em casa, acompanhando o vídeo com a coreografia postado no YouTube.
>> Aprenda a coreografia
– No primeiro ensaio isso aqui estava cheio. Tinha umas 300 pessoas – contou Paty.
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A expectativa é que esse seja o número de participantes no momento da apresentação, que acontecerá no trecho em frente ao Beiramar Shopping.
– As pessoas se reconhecerão. Pelos ensaios, mas também pelos lenços coloridos que estarão carregando. Já sabem o ponto de encontro e vão estar atentos a um sinal que irá anunciar o início da apresentação.
O flash mob será embalado por Girls Gone Wild, de Madonna. A coreografia foi criada por Paty e sua sócia, Gabriela Silveira. Segundo elas, tentaram conseguir um coreógrafo para ajudar nessa parte, mas tiveram muita dificuldade, então, acabaram desenvolvendo os passos.
Para elas, o flash mob será a representação máxima da diversidade proposta nesta semana.
– Em nenhum momento relacionamos o evento com a questão GLBTS. A apresentação será na Parada, mas irá haver outra. E no mais, temos um grupo bem eclético, como homossexuais e héteros e pessoas de todas as idades e tipos – concluiu Paty, destacando que o mais importante será a interação gerada a partir deste movimento que deve entrar para a história da cidade.
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Disposição em família
Enedir Menegatti era uma das mais animadas do ensaio. Ela foi nos três encontros e ainda ensaiou em casa, vendo a coreografia na internet.
Empresária, Ene, como gosta de ser chamada, tem 51 anos.
– No início tive um pouco de vergonha por ser uma das mais velhas, mas depois relaxei – contou.
Gabrielle Yasmin, de 17 anos, filha de Ene, viu o convite para o flash mob no Facebook de um amigo e chamou a mãe para participar com ela.
Segundo Gabrielle, não foi difícil convencê-la, uma vez que a mãe é parceira para muitas dessas coisas.
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– Flash mob é o primeiro que participo, mas há 30anos, em Porto Alegre, participei de uma apresentação musical com um grupo de amigas – explicou Ene. Ela e a filha não participarão da apresentação na Parada, mas no outro evento, marcado para semana seguinte, as duas já confirmaram presença.