A primeira edição da MOSQ – Feira de Artes Visuais que ocorre até domingo no Passeio Pedra Branca, em Palhoça, reúne 700 obras entre fotografias, pinturas, esculturas, cerâmicas e xilogravura de cerca de 80 artistas em uma oportunidade democrática para quem quer conhecer mais ou até adquirir sua própria obra de arte.

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Com valores entre R$ 15 e R$ 40 mil – as xilogravuras estão entre as mais acessíveis e a mais cara é assinada por Pléticos -, as obras foram dispostas de uma forma misturada, sem separação por artista ou estilo.

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— Trouxe esta ideia porque nós precisamos dar abertura aos novos artistas, que têm grandes dificuldades de chegar até uma galeria. Esta é a primeira de muitas. Queremos manter aberto ao público, a ideia é que a arte seja acessível e que se torne um presente mais cotidiano. Uma obra de arte é única — comenta Denise Becker, que integra a Comissão Curatorial ao lado de Denilson Antônio, Fifo Lima e Leilah Corrêa Vieira.

— É legal valorizar esse tipo de evento. Não é uma coisa que acontece muito na região de Florianópolis, geralmente ocorre em espaços mais restritos. É um modo mais democrático de expôr a arte de várias pessoas, das mais conhecidas às iniciantes, todas no mesmo espaço — conta o arquiteto Eduardo Westphal, que está começando sua coleção de arte com obras de amigos como o ilustrador Fabio Dudas.

(Foto: Yasmine Holanda Fiorini / Agencia RBS)

Entre os artistas, o sentimento é de oportunidade de mostrar suas obras e interagir diretamente com o público.

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— As pessoas gostaram desse conceito de tudo misturado. Isso que é legal da arte, você lida com diferentes manifestações. Você pode até não gostar, mas é a manifestação de alguém _ conta a artista Kelly Kreis.

Nem todas as obras foram criadas por artistas que se dedicam exclusivamente à atividade. O gaúcho Osmar Yang, por exemplo, é engenheiro e por muito tempo se dividiu entre a profissão e a arte. Aos poucos, vai se dedicando cada vez mais à paixão e pretende em breve ser um artista 24h por dia.

Uma história parecida com a de Zulma Borges, professora que por muitos anos se dividiu entre a sala de aula e suas obras. Para a MOSQ, ela selecionou algumas aquarelas e gravuras com temáticas da natureza, com preços mais acessíveis na faixa de R$ 200.

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Foto: Yasmine Holanda Fiorini / Agencia RBS

Outros, como Elias Andrade e Caio Borges, já têm uma carreira mais consagrada e conseguem viver e se dedicar exclusivamente à arte.

— O folclore e as festividades da Ilha são os temas com os quais mais trabalho. Sou autodidata, comecei criança e na época eu não tinha caderno e nem lápis. A praia foi meu caderno de desenho — relembra Elias. Conhecido como Índio, é uma das figuras mais queridas da arte em Florianópolis. 

— Achei muito interessante o espaço porque é bem democrático, não tem privilégio pra ninguém. Acho que esse olhar está chamando bastante a atenção — comenta Caio, cujas telas têm valores entre R$ 7 e R$ 20 mil.

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Agende-se
O quê: Feira de Artes Visuais – MOSQ
Quando: até domingo, das 10h às 22h
Onde: Rua da Universidade, s/n, Passeio Pedra Branca, Palhoça  
Quanto: gratuito
Informações pelos sites do Passeio Pedra Branca e MOSQ