A derrota na noite de sábado para o São Caetano por 3 a 2, em São Caetano do Sul, colocou um ponto final na trajetória do Joinville na busca pelo acesso à Série A. Mas a história sem final feliz já era contada há várias rodadas. E quem acompanhou de perto esta triste narrativa sabe bem quais foram os motivos que causaram a queda precoce do Tricolor.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Segundo o técnico Sergio Ramirez, a caminhada pode ser dividida em vários capítulos. Crises internas, baixa produtividade de alguns atletas, excesso de jogadores no grupo e o grande número de pontos perdidos na Arena aparecem como elementos-chave do fracasso. No entanto, o primeiro destes pontos-chave citados pelo uruguaio foi a falta de foco do grupo, provocada pela crise interna.

– Faltou harmonia. Alguns desfechos aí prejudicaram o ambiente do elenco e tiraram nosso foco. Quando falta harmonia, as coisas ficam mais difíceis. Não foi o fator principal, mas nos atrapalhou porque as coisas ficaram desviadas dentro do Joinville – sentenciou Ramirez.

O comandante ainda garantiu que, nesta semana, serão anunciadas mudanças no elenco e que voltará à função de coordenador técnico logo após o término da Copa Santa Catarina. Confira abaixo o bate-papo exclusivo com a reportagem do “AN”.

Continua depois da publicidade

AN – Por que o Joinville não conseguiu o acesso à Série A?

Ramirez: Por um conjunto de fatores. Acho que faltou harmonia. Alguns desfechos aí prejudicaram o ambiente do elenco e tiraram nosso foco. Quando falta harmonia, as coisas ficam mais difíceis. Não foi o fator principal, mas nos atrapalhou porque as coisas ficaram desviadas dentro do Joinville.

AN – E quais foram os outros fatores?

Ramirez: Perdemos 25 pontos dentro da Arena. Se tivéssemos somado a metade disso, estaríamos numa situação muito mais cômoda. É claro que faltou um pouco de sorte também, mas não poderíamos ter perdido tantos pontos diante do nosso torcedor.

AN – Você acha que alguns atletas renderam pouco?

Ramirez: Houve sim uma baixa produtividade de alguns atletas, principalmente de quem a gente esperava uma incidência com grau acentuado nesta reta final da Série B. Mas nós também nos privamos de ter um goleador (Lima) e o próprio atleta colaborou para isso com declarações infelizes. Prejudicou a ele e prejudicou a nós como um todo. Sempre que eu trabalhei com ele, o tive como elemento fundamental no time e isso nos fez falta.

Continua depois da publicidade

AN – O JEC utilizou 37 jogadores nesta Série B. Você acha este número exagerado?

Ramirez: Este número não foi o responsável pelos problemas internos. Não foi ele ou a concorrência entre os atletas que causou os problemas internos. Alguns jogadores que deixaram o time foram, inclusive, liberados sem custo como o Boiadeiro, o Denis, o Somália e outros. Só que é claro que ter muitos jogadores atrapalha. Eu, como técnico, me sinto atrapalhado pelo excesso de jogadores. Fica difícil trabalhar.

AN – Você continua como treinador do JEC?

Ramirez: Não, isso já estava acertado desde que assumi a função. Meu compromisso aqui é até o término da Copa Santa Catarina. Depois, volto à função de coordenador técnico para que outro profissional assuma a equipe, talvez em dezembro.

AN – O grupo terá mudanças a partir de agora?

Ramirez: Sim, o presidente (Nereu Martinelli) e o Cesar (Sampaio, superintendente de futebol) já estão discutindo e devemos ter novidades já nesta semana. Algumas peças irão mudar sim e estamos com este planejamento adiantado para o fim do ano e o começo de 2014.

Continua depois da publicidade