A relatora do processo contra o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, na Comissão de Ética Pública da Presidência da República, Marília Muricy, afirmou hoje que, se Lupi quiser rever a decisão, terá de juntar novos argumentos e elementos suficientemente convincentes para que ela mude de posição.

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Ela disse que com os elementos disponíveis no caso, formou um “convencimento forte” de que a decisão seria pela exoneração do ministro.

– As razões que adotei no meu relatório são fortes e convenceram a minha consciência e a Comissão – afirmou Marília.

A conselheira disse ser absolutamente normal que a presidente Dilma Rousseff queira conhecer a decisão. Afirmou que é obrigação da Comissão de Ética repassar todos os argumentos à presidente e disse ser parte do processo democrático o pedido do ministro pela revisão do processo.

– É nosso dever fazê-la (a presidente) conhecer todas as razões de nossas decisões – declarou.

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O presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, disse que não comentaria o pedido da presidente por mais informações por não ter recebido ainda o ofício e afirmou que não deve haver nenhuma outra sessão do colegiado até o ano que vem.