O Banco Central vai reverter algumas das medidas anticrise relacionadas a depósitos compulsórios que vão provocar a partir de 9 de abril um recolhimento adicional de R$ 34 bilhões dos bancos sobre os depósitos a prazo. Além disso, a partir de 22 de março, com a volta das alíquotas adicionais de 8% sobre as parcelas dos depósitos à vista e a prazo será elevado o recolhimento das instituições financeiras em R$ 37 bilhões.
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O presidente do Banco Central. Henrique Meirelles, disse que a decisão é um “passo importante na reversão das medidas anticrise”, adotadas no final de 2008. Segundo ele, há uma discussão no mundo, especialmente no G-20, sobre as estratégias de saída das medidas tomadas para enfrentar o impacto da crise na economia.
De acordo com Meirelles, as ações tomadas para resolver os problemas de liquidez no mercado de câmbio já foram revertidas e restavam as dos compulsórios. Segundo o presidente do BC, a decisão foi reverter todas as medidas de compulsórios adotadas na crise, com exceção das direcionadas para as instituições financeiras pequenas e médias, que continuarão valendo até 30 de junho.
Dessa forma, cerca de R$ 70 bilhões voltarão a ser recolhidos pelas instituições de maior porte, enquanto em torno de R$ 30 bilhões continuarão no mercado com as instituições de pequeno e médio porte. Segundo ele, as decisões do BC sobre recolhimentos compulsórios são tomadas considerando dois aspectos: a liquidez do sistema financeiro e também a das instituições financeiras especificamente.
Leia, a seguir, parte da nota divulgada pelo Banco Central sobre as alterações no recolhimento sobre recursos a prazo e na exigibilidade adicional sobre compulsórios:
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“Dando continuidade à reversão das medidas anticrise adotadas a partir de outubro de 2008, o Banco Central do Brasil divulgou alterações no recolhimento sobre recursos a prazo e na exigibilidade adicional sobre depósitos. A medida tem por objetivo alterar a liquidez do sistema financeiro, se antecipando a boas práticas prudenciais internacionais. Em setembro de 2008, o montante de compulsório era de R$ 257 bilhões. As medidas adotadas durante a crise liberaram R$ 99,8 bilhões, ajudando a mitigar a escassez de crédito e a melhorar sua distribuição para bancos médios e pequenos.”