A rede montada pelo contraventor Carlinhos Cachoeira tem características de organização mafiosa, na avaliação da procuradora Léa Batista de Oliveira. Para ela, o código de silêncio adotado por todos os envolvidos no esquema, seja em depoimentos à CPI ou à Justiça Federal, configura atuação característica de máfia.

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– O silêncio é um direito de todos, mas o código de silêncio adotado nos depoimentos à CPI e à Justiça Federal é típico de organizações mafiosas, quando um membro de grupo, com seu silêncio, quer defender o grupo e ser leal ao chefe – frisou.

Léa de Oliveira fala na manhã desta terça-feira à CPI que investiga as relações de Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados. De acordo com a procuradora, a Operação Monte Carlo revelou essa organização mafiosa chefiada por Carlinhos Cachoeira:

– Uma sociedade bem estruturada, mais lucrativa que uma grande empresa. Foi revelada a existência de uma estrutura central, piramidal e estruturada, que se perpetuou por anos a fio por estar conectada a agentes do Estado, por estar imbricada no aparato estatal.

A procuradora relatou aos senadores as formas de intimidação utilizadas pelo grupo de Cachoeira, como dois e-mails enviados a ela, com ameaças a sua família, ambos identificados com origem em Anápolis (GO), cidade base de Cachoeira.

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Além de Léa de Oliveira, tmabém depõe à CPI nesta terça o procurador Daniel Rezende Salgado, ambos atuaram nas operações Vegas e Monte Carlo da Polícia Federal.