Os servidores da prefeitura de Florianópolis realizam assembleia às 13h desta segunda-feira para definir a continuidade da greve, que já dura 13 dias, mesmo após a aprovação do projeto “Creche e Saúde Já”. Em entrevista ao Notícia na Manhã desta segunda-feira, o presidente do Sindicato da categoria, Renê Munaro, disse que a prefeitura não quer negociar e, portanto, a paralisação pode ser longa:

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– A gente pede para que a população pressione o Executivo para que eles abram uma negociação. A prefeitura diz que não vai negociar, só a partir do dia dois de maio. A greve já era conectada com a data-base, ela não é desconectada. Esse é o discurso que a prefeitura esta criando para a população, porque não querem negociar, para que a gente fique em greve por 30/40 dias.

Munaro criticou a aprovação da lei de forma “ampla e geral”, que dá autonomia à prefeitura para discutir que áreas podem ser geradas por uma Organização Social (OS).

– Não tem nada de ilegal mas teriam que haver mecanismos de controle, que dentro da lei isso não existe. O Sindicado vai avaliar como foi dada a aprovação e legitimação desta lei. Queremos ver se a redação da lei está de acordo com o que foi apresentado. Tem cerca de 40 cláusulas que queremos rever. Iremos fiscalizar e sempre denunciar caso necessário. Vamos acompanhar para evitar que o patrimônio público seja entregue para estas empresas – afirmou o presidente do Sintrasem. – Foi muito ruim como a prefeitura encaminhou todo esse processo. Sem debate, com pouco respeito à democracia. Chamando uma sessão extraordinária em um feriado para votar. Sobre o que aconteceu lá na Câmara, estávamos lá dentro e ouvimos as bombas e desespero das pessoas que estavam la fora. Tentamos intervir para que o presidente da sessão fizesse algo, mas a preocupação dele era continuar com a votação de qualquer jeito.

Ouça a entrevista completa com o presidente do Sintrasem

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