As apurações preliminares sobre a morte do engenheiro Sérgio Renato Silva, assassinado no início da noite de quarta-feira na Praia Brava, em Itajaí, concluíram que ele foi vítima de uma execução. A afirmação, feita pelo delegado Weydson da Silva, exclui a possibilidade de uma tentativa de latrocínio _ assalto seguido de morte _, a primeira suspeita levantada logo após o crime.

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No momento, a prioridade para a polícia é localizar os assassinos. Silva estava em casa, na Rua Renato Melim Cunha, quando dois homens em uma motocicleta pararam, por volta de 18h30min, e chamaram por ele. Ao aparecer no portão ele foi atingido por dois tiros, e morreu no local.

O engenheiro foi comissionado da prefeitura de Balneário Camboriú por 16 anos, em pelo menos duas administrações diferentes, e respondeu pela diretoria de aprovação de projetos da Secretaria de Planejamento _ um cargo bastante visado por atuar numa área sensível da economia de Balneário, o que provocou uma onda de especulações sobre a motivação para o crime.

O delegado disse, no final da tarde desta quinta, que ainda não há informações sobre possíveis desafetos ou richas na vida do engenheiro. A família dele, abalada e ocupada com os trâmites do funeral nesta quinta, ainda não foi ouvida.

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Por enquanto, a polícia se concentra nas informações de testemunhas e na captação de imagens de câmeras de segurança das casas da vizinhança.

_ A possibilidade de que haja circunstâncias envolvendo o trabalho dele na prefeitura serão verificadas _ disse o delegado.

Segundo ele, entretanto, essa não é a única linha de investigação e outras hipóteses também estão em análise. O teor das suspeitas não foi divulgado.

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Recentemente o Ministério Público havia instaurado um inquérito para apurar suspeitas de atos de improbidade na emissão de licenças na Secretaria de Planejamento, que corria na 5ª Promotoria de Justiça, sob responsabilidade do promotor André Otávio Vieira de Melo.

Luto

Sérgio Renato Silva havia deixado a prefeitura de Balneário há poucas semanas. A assessoria de comunicação do município informou que ele se manteve durante 16 anos comissionado pelo conhecimento e experiência que tinha no assunto. Chegou a ser renomeado este ano, mas a nova administração entendeu que a análise de projetos deveria ser feita por um servidor efetivo.

Segundo informações da prefeitura, também pesou na decisão o fato de ele manter um escritório particular de engenharia. Nesta quinta o setor onde ele trabalhava permaneceu fechado, sem atendimento ao público, em sinal de luto.

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