O pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP) afirmou nesta quarta-feira que a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara vai de “vento em popa”, após mandar fechar outra sessão do colegiado.
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A tentativa de abrir os trabalhos durou seis minutos, mesmo com a segurança restringindo a entrada de manifestantes. Num debate com parlamentares, Feliciano afirmou que a comissão não pode virar motivo de chacota.
– A Comissão de Direitos Humanos está indo de vento em popa – afirmou, ao fim do encontro.
Durante a reunião fechada, alguns pastores foram autorizados a entrar. Eles permaneceram em silêncio durante a sessão. Os manifestantes contrários a Feliciano ficaram do lado de fora e protestaram nos corredores da Câmara. No debate entre os parlamentares, a deputada Erika Kokay (PT-DF) fez uma obstrução solitária, tentando atrasar as votações. Erika foi criticada por deputados evangélicos, que acusaram parlamentares de incitar os protestos contra Feliciano. Erika afirmou que defende apenas o direito à liberdade.
O deputado Silvio Costa (PTB-PE), que não é membro da comissão, participou de boa parte da reunião. Ao fim, afirmou que via uma “guerra santa” no colegiado.
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– Está estabelecida aqui uma guerra santa – disse, mencionando os ataques dos evangélicos a Erika. Feliciano evitou que a discussão se arrastasse.
Afirmou que Costa pegou o “bonde andando” e que a comissão trabalha normalmente.
– Essa comissão não pode virar motivo de chacota a nível nacional. Votamos coisas sérias aqui e vamos continuar.
Mais uma vez, a sessão limitou-se à análise de requerimentos, sem a aprovação de nenhum projeto. Ao fim, o pastor afirmou que os projetos que estão na comissão são muito polêmicos e causariam uma “celeuma”. Ele pediu aos parlamentares que solicitem à mesa da Câmara o encaminhamento.