Em uma de suas declarações mais fortes sobre o assunto, o papa Francisco afirmou nesta terça-feira que acredita que a interdição da Igreja Católica à ordenação de mulheres como padres nunca será alterada. As informações são da Folha de São Paulo.

Continua depois da publicidade

A afirmação foi dada em uma coletiva no avião que levava o papa de volta para Roma após visitar a Suécia. Ele disse ainda que “o Santo Papa João Paulo II teve a última palavra sobre o assunto e ela prevalece”, se referindo a um documento de 1994 em que o então papa João Paulo II negava a possibilidade de incluir mulheres entre os padres.

Leia mais

Papa Francisco visita Suécia para consolidar reconciliação com protestantes

Igreja católica proíbe guardar ou espalhar cinzas de mortos

Continua depois da publicidade

Papa determina, e Vaticano abrirá arquivos sobre a ditadura argentina

O Vaticano afirma que esse ensinamento é parte infalível da tradição católica. Questionado se a medida valeria para sempre, Francisco respondeu que “se lermos cuidadosamente a declaração, ela vai nessa direção”.

Em agosto, o papa criou uma comissão para estudar a possibilidade de permitir que as mulheres sejam diaconisas, uma questão que divide a Igreja Católica e que representaria uma mudança histórica para a instituição. Na hierarquia católica, os diáconos ocupam o primeiro degrau. Acima, estão os padres e os bispos.

Os defensores da medida argumentam que as mulheres estão sub-representadas dentro da instituição e que não existe nenhum obstáculo teológico para que voltem a exercer uma função que tiveram nas origens do cristianismo.