Para o técnico Raul Cabral, do Avaí, o futebol está presente 24 horas por dia

O futebol é presença constante nos 34 anos vividos por Raul Cabral. Desde que começou a frequentar escolinhas para jogar em Tubarão, onde nasceu, até hoje, em que considera ser a maior oportunidade da carreira, como técnico do Avaí, ele não consegue deixar o esporte à parte da rotina. No meio do caminho, foi jogador profissional, se formou em Educação Física na UFSC e chegou até a treinar a base do Figueirense. Ele garante: experiência não é problema e chegou para ser técnico de vez, após períodos como interino.

– Quem olha de fora pensa que é só dar o treino e ir para casa. Só que a gente trabalha 20 horas por dia, às vezes 24 horas, o tempo inteiro em contato, visualizando atletas, observando adversários, revendo treinos e jogos nossos que foram filmados – diz Raul.

O resultado de tanto tempo dedicado ao futebol pode ser percebido nas entrevistas coletivas . Na reta final do Campeonato Brasileiro, as análises de Raul após os jogos chamaram a atenção por trazer detalhes táticos, algo que nem todo mundo está acostumado.

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– Para aprimorar a questão tática, costumo assistir jogos de qualquer nível, seja de segunda ou terceira divisões, Copa São Paulo, jogos de base. Também partidas de nível europeu, Champions League. Sempre tem alguma coisa para aprender. Se achar que o mundo gira em torno da gente, acabamos não aprendendo e não evoluindo – define o profissional.

A frequência com que assiste futebol em casa, no entanto, era maior “antigamente”. Tudo mudou desde que a filha Júlia, três anos, nasceu. Agora, ele explica que o jeito é aproveitar as horas vagas no clube para conferir as gravações de jogos. Nada que preocupe, afinal, Raul conta que a vida mudou para melhor:

– Para mim, mudou tudo. Acho que o filho é uma dádiva. Se há um ponto de egoísmo em ti, quando nasce um filho seu, você passa a perder isso, porque o filho é mais importante do que você mesmo.